Maurício Sherman, diretor do humorístico "Zorra Total", no qual Jorge Dória atuou de 1999 a 2006, lamentou a morte do ator, que morreu nesta quarta (6), aos 92 anos, no Rio. Sherman lembrou que estreou no teatro junto com Dória e que competiu com o amigo o título de ator revelação.
"Eu era da companhia da Eva Todor, e ele da companhia do Graça Melo. Ganhei o título de ator revelação, mas ele merecia tanto quanto eu. Dali para a frente nos tornamos amigos. Ele vai fazer muita falta. Tinha uma naturalidade incrível, era um ator que contribuía para o sucesso de todos os personagens que fazia. Foi uma escola", afirmou Sherman ao UOL.
O ator Diogo Vilela, que contracenou com Jorge Dória na novela "Suave Veneno", também comentou sobre a morte do colega. Diogo interpretava o homossexual Uálber Canhedo, e Dória, seu pai homofóbico.
"Ele era um ator singular, de muita importância para o Brasil. Tinha um carisma um domínio total da arte da interpretação. Eu o conheci no teatro fazendo 'A Gaiola das Loucas'. Sei que ele estava sofrendo, mas sua morte é um perda irreparável para a cultura brasileira", disse a reportagem.
A atriz Íris Bruzzi, que foi casada durante oito anos com Jorge, homenageou o ex-marido. "O Dória, para mim, é o maior comediante deste país. Todos nós seguimos os passos dele", afirmou ao UOL.
"Como homem foi sensacional, é um homem que sabia fazer qualquer mulher feliz. Ele criou meu filho, Marcelo, como se fosse dele. Tínhamos uma relação maravilhosa e mantínhamos contato. Meu filho era louco por ele. Quando o Dória fez 90 anos, o Marcelinho, que mora nos Estados Unidos, pegou um avião especialmente para vê-lo. Foi muito lindo ele dizendo: 'Dória, você foi meu pai, tudo o que aprendi e sei foi você que me ensinou'. Ele ficou muito emocionado com as palavras e chorou bastante", complementou Íris.
Por meio do Twitter, os atores José de Abreu, Eri Johnson se manifestaram. As atrizes Rita Guedes e Zezé Motta relembraram trabalhos ao lado de Dória.