O ponto principal nessa fase nova é o chamado “Fair Play Financeiro”, ponto debatido nacionalmente pelos principais integrantes do Bom Senso Futebol Clube. “Pagar em dia e assumir as nossas responsabilidades. Isso é o mínimo que se pode fazer, mas é um diferencial no futebol de hoje em dia”, diz o assessor especial da presidência Sidônio Palmeira.
O primeiro passo para esse ajuste de contas será dado quinta-feira, às 19h, quando o Conselho Deliberativo do Bahia irá conhecer e debater o orçamento do próximo ano. O diretor administrativo-financeiro Reub Celestino adianta o valor. “O orçamento aproximado está entre R$ 60 (milhões) e R$ 70 milhões. A proposta é ter um ano bastante equilibrado, onde não exista déficit. Seremos rigorosos em relação a isso”, explica.
Uma das metas principais é reduzir o número de jogadores com salário alto e baixa produtividade. Neste ano, por exemplo, o centroavante Souza, dono do maior salário do elenco (R$ 170 mil), marcou somente um gol. “O teto salarial não está definido ainda. O que não podemos ter é um jogador ‘x’ que ganha muito e não produz. Isso não cabe no futebol. Se tem um salário alto, precisa ser efetivo”, sustenta Reub.
Atualmente, a maior receita do clube está relacionada aos direitos televisivos. O objetivo é fazer que o programa de sócios seja a segunda maior fonte de renda do Bahia. São 18 mil cadastrados ao todo, sendo 16 mil ativos. “Hoje, a arrecadação chega a R$ 350 mil. Queremos aumentar para R$ 500 mil no próximo ano”, comenta o diretor de negócios Pablo Ramos.
Futebol
Dentro de campo, o objetivo é brigar pelos títulos no primeiro semestre, com a disputa da Copa do Nordeste e do Campeonato Baiano. No Brasileirão, a ideia é ficar entre os dez primeiros. “A gente não quer um time que fique torcendo para não cair. A gente quer um time que dê prazer de ir para a Fonte Nova. A palavra-chave para isso é fazer diferente”, projeta Sidônio Palmeira, otimista.
Promessas para 2014:
1. Sócios valorizados: temporada inteira de jogos
O diretor de negócios Pablo Ramos confirmou que os sócios terão um plano com direito a assistir a todos os jogos do Bahia na Fonte Nova em 2014. A carteirinha chegará em casa no próximo mês e será possível dividir o valor em 12 vezes no cartão de crédito ou no boleto bancário. A intenção é lançar o novo programa até o próximo dia 6 de janeiro.
2. Novos produtos: quantidade maior
Ainda de acordo com Pablo Ramos, o número de produtos licenciados do clube vai aumentar. “Antes, os produtos licenciados só pertenciam a uma empresa. Eram cerca de 100 produtos e ainda muito mal distribuídos. O contrato foi encerrado e, com isso, queremos aumentar esse número para mil produtos até dezembro do próximo ano”, explicou o dirigente azul, vermelho e branco.
3. Material esportivo: Nike tem concorrência
O contrato com a Nike e a Netshoes vai até dezembro de 2015, mas o Bahia estuda a hipótese de romper o vínculo. Amanhã acontece uma reunião para definir a situação. O clube até já teria duas propostas. Da Adidas, contrato seria de R$ 5 milhões por temporada e duração de dois anos. A Puma tenta fechar por R$ 6 milhões por temporada e duração de três anos.
4. Jogos fora de casa: agência de turismo e bar
O marketing promete fazer promoções com agências para que os sócios viajem com o time para os jogos fora de casa. Enquanto isso, em Salvador, a promessa é de que seja realizado um tour pelos bares da cidade. A intenção é customizar o local, vender produtos do Bahia e fazer com que os torcedores tricolores se reúnam para assistir aos jogos.
5. Incentivo pra base: melhorias na estrutura
A intenção do Bahia é se espelhar no São Paulo e, através da Lei de Incentivo ao Esporte, conseguir melhorias para os garotos das categorias de base. Tudo isso, no entanto, vai depender ainda da mudança para a Cidade Tricolor, novo centro de treinamento do clube localizado no município de Dias D’Ávila. A ida do Bahia para o local ainda não tem previsão de acontecer.Fonte:Correio da Bahia
