No bloco do governo, já se sabe há tempos quem será o candidato à sucessão de Wagner e quem tentará o Senado. A dúvida está apenas na vice, que pode ser dada ao PDT ou PP, em um embate tenso que movimenta os bastidores da política baiana. Como boa oposição, o bloco DEM/PSDB/PMDB tem dúvidas exatamente opostas atualmente.
No cercadinho de ACM Neto, apenas a vaga de vice está definida: João Gualberto (PSDB). A informação foi passada ao Bocão News por uma fonte interna do partido, que mesmo assim ainda afirma que os tucanos não deixam de sonhar com a indicação do ex-prefeito de Mata de São João. Mas se trata, enfim, apenas de sonho.
“Nosso plano A ainda é a indicação de Gualberto. Caso isto não aconteça...”, entrega o jogo a fonte. Segundo ele, com a vaga definida, começa um grande processo de negociações entre os aliados no bloco. A possibilidade de Gualberto ser candidato a deputado federal, por sua vez, foi descartada. "Ele é para mais que isto", sentenciou.
Entre as variedades de cada perfil entre Geddel Vieira Lima (PMDB) e Paulo Souto (DEM), as pesquisas serão o fiel da balança no processo, que deve se encerrar no próximo dia 31. Até o momento, todas as pesquisas internas encomendadas apontam favoritismo de Paulo Souto na disputa. Além da preferência do povo, o DEM nacional está disposto a investir pesado financeiramente na Bahia, uma vez que dentro da cúpula nacional demista há o entendimento que a maior chance de abocanhar um governo nas eleições deste ano está no estado.
Entretanto, ao ainda não se decidir frontalmente pela candidatura, Souto deixa em aberto as articulações de Geddel. O ex-ministro da Integração Nacional precisa se esforçar para vencer as tendências, uma vez que na eleição que vem nenhum aliado questiona que a vez na fila é de ACM Neto, o aclamado líder da oposição baiana.
Porém, Geddel também pode ser tratado internamente como uma bomba-relógio potencial. Caso seja escolhido e vença as eleições, o bloco abre precedente para que o peemedebista rompa com a oposição no futuro e tente se manter no cargo. A possibilidade real deixa demistas e tucanos da aliança ressabiados, mesmo com as afirmações insistentes de Geddel em contrário. "Não serei eu um obstáculo à união das oposições."Fonte:Bocão news