Foi lançado nesta terça-feira (21) o site para receber doações destinadas ao pagamento da multa imposta a Delúbio Soares por sua participação no esquema do mensalão. A página foi criada após o site "Parceiros da família Genoino" ter arrecadado o valor necessário e até superior – para pagar a multa a qual o ex-presidente do PT havia sido condenado.
Conforma a Folha antecipou, a ideia também deve se estender a José Dirceu e João Paulo Cunha. Dos três, somente Delúbio Soares teve sua multa atualizada pela VEP (Vara de Execuções Penais). Ele terá que pagar R$ 466,8 mil aos cofres públicos. Inicialmente, o valor imposto era de R$ 325 mil. Como ainda não foi intimado, o ex-tesoureiro do PT ainda não tem prazo para pagar o montante.
No site, intitulado "Solidariedade a Delúbio Soares", há uma mensagem criticando o julgamento do mensalão. "A difamação, a desinformação, a pressão midiática, tudo foi usado e nada foi poupado na criminalização da atuação política de combativos companheiros petistas, condenados sem provas e com a aplicação de penas excessivas e multas exorbitantes", diz o texto.
Em seguida, há a nota emitida pelo presidente Rui Falcão na época em que foi lançado o site para receber doações para Genoino. Pela avaliação interna do PT, a nota foi fundamental para que o ex-presidente do PT conseguisse arrecadar todo o valor necessário. Por isso, os sites dos demais petistas condenados no mensalão deve trazer a mesma mensagem.
O site contém ainda várias frases exaltando a trajetória política de Delúbio e até uma crítica feita pelo presidente do PT em São Paulo, Emídio de Souza, ao PSDB. "Os tucanos duvidam da solidariedade do PT com seus companheiros da AP 470. É porque essa palavra não existe no dicionário do PSDB", diz.
O site segue o mesmo molde daquele criado para ajudar Genoino. Há uma aba explicando como o doador deve proceder para enviar recursos ao petista. É preciso fazer um depósito identificado em uma conta da Caixa Econômica Federal e, em seguida, mandar por e-mail o comprovante com RG e CPF.
Delúbio cumpre pena de 6 anos e 8 meses em regime semiaberto por corrupção ativa. Na segunda-feira, ele começou a trabalhar na CUT (Central Única dos Trabalhadores), em Brasília, mas tem que voltar ao Centro de Progressão Penitenciária após o expediente.