segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Jornal: Justiça aponta 38 mi de euros omitidos na ida de Neymar ao Barça
A edição desta segunda-feira do jornal El Mundo alegou ter acesso aos documentos que estão de posse da Justiça Espanhola que provam que a negociação que envolveu a vinda do atacante Neymar para o Barcelona foi inflada. O craque brasileiro custou 95 milhões de euros, e não 57 milhões como havia sido alardeado pelos dirigentes do clube azul-grená (diferença de 38 milhões de euros).
Assim, a transferência de Neymar para o Barcelona foi uma das maiores negociações da história do futebol mundial, superando as vindas do português Cristiano Ronaldo (94 mi de euros) e chegando perto do acordo pelo galês Gareth Bale (99 mi de euros), ambos para o Real Madrid.
O jornal afirma ter posse de sete documentos, elaborados entre novembro de 2011 e setembro de 2013, que incluem comissões destinadas para a família de Neymar, que até então haviam sido ocultadas.
Segundo o El Mundo, o pai de Neymar recebeu uma comissão de 8,5 milhões de euros da seguinte forma: quatro milhões para uma suposta captação de contratos publicitários para o Barcelona, 2,5 milhões para que Neymar destine a fins sociais, como projetos em favelas de São Paulo, e os dois milhões restantes para que Neymar pai busque promessas do Santos, clube que revelou o filho, para o time espanhol.
Mas o que chama a atenção é que Neymar pai não tem nenhuma obrigação contratual de ser bem sucedido na tarefa imposta pelo Barcelona. "Esta contraprestração tem a condição fixa e não está sujeita a êxito das gestões que serão realizadas".
Com estes documentos na mão e depois de analisar o pedido do sócio do Barcelona, Jordi Cases, a Promotoria Anti-Corrupção já advertiu que existem indícios de apropriação indébita da gestão Sandro Rosell, atribuída a uma simulação de contratos na negociação que envolveu a ida de Neymar para o Barcelona.
Segundo o jornal Mundo Deportivo, um porta-voz autorizado do Barcelona afirmou ao periódico que "Neymar custou 57 milhões de euros" e assim desmentiu a informação do El Mundo.