As dívidas são referentes a tributos federais que deixaram de ser pagos pelo empresário. Em agosto, a Receita Federal fez uma demanda de investigação sobre dívidas fiscais do pai de Neymar ao procurador da república em Santos.
"A investigação está em andamento. Há dois débitos em aberto. Eu entendi que as informações que a receita mandou são incompletas. Só informava que havia débito dele com a Receita. Solicitamos mais documentos para investigar", afirmou o procurador da República Thiago Lacerda Nobre.
Durante pronunciamento dado na última terça-feira, o pai de Neymar disse que não temia o fisco.
"Pedi para o Bartomeu (presidente do Barcelona) abrir o contrato para proteger a pessoa física e a família do Neymar. Repito que não devo nada às Receitas do Brasil e da Espanha, nada. Espero que acreditem nesse pronunciamento, porque queremos paz", afirmou.
A reportagem do UOL Esporte tentou contato com a assessoria da empresa de Neymar pai, mas não obteve retorno.
Na última terça-feira, o procurador da República Thiago Lacerda Nobre resolveu ampliar a investigação e incluir o caso do pagamento dos 40 milhões de euros do Barcelona a empresa N&N no processo.
"Mandamos um ofício para a Receita questionando como ficava o desencontro de informações sobre os valores do Neymar. Pedimos para a receita as movimentações registradas da empresa. Eles têm um prazo de 20 dias para repassar ao Ministério Público Federal", explicou Nobre.
Na última semana, o Barcelona confirmou o pagamento de 40 milhões de euros a empresa do pai de Neymar. A intenção do MPF é saber ser o valor foi declarado à Receita Federal.
Nobre informa que ainda não há como dar parecer sobre o caso ou se houve alguma irregularidade, já que a investigação está em fase preliminar. Segundo a Lei 8.137/90, a pena para crimes de ordem tributária vai de dois a cinco anos de prisão e pagamento de multa.
Há vida sem Juninho? Vasco vai pagar 60% de 'salário' do ídolo em substituto
A confirmação da aposentadoria de Juninho Pernambucano foi recebida com surpresa no Vasco. A diretoria ainda cultivava a possibilidade de contar com o veterano no Campeonato Carioca, mas entendeu os motivos argumentados durante as conversas dos últimos dias. Agora, o Cruzmaltino segue o planejamento definido antes da decisão e tenta contratar um "substituto". Para isso, conta apenas com algo em torno de 60% do valor recebido pelo ídolo em São Januário.
Juninho retornou ao Vasco em 2013 sem salário acertado. Ele apenas topou receber o que o clube lhe devia para atuar antes da despedida como atleta profissional - algo em torno de R$ 250 mil. Desta vez, a administração Roberto Dinamite estipulou um teto salarial e definiu o limite de R$ 150 mil para gastar no vencimento mensal de um substituto.
No entanto, o montante torna a situação delicada nos padrões atuais do futebol. O diretor executivo Rodrigo Caetano está encarregado da missão de contratar um meia e um atacante para fechar o elenco. Mas o desafio de convencer agentes e atletas a aceitar os valores ganha novo capítulo a cada dia.
A expectativa é a de que o Cruzmaltino possa contar com o reforço para o setor o quanto antes, de preferência na primeira quinzena de fevereiro. O meia Ramírez, do Corinthians, é uma possibilidade e negocia desde a pré-temporada.
Outro nome próximo é o do volante Jumar. O jogador está no futebol chinês, defendeu o clube em 2011 e deve ser emprestado sem custos ao Vasco. A diretoria não fala sobre as negociações e trata com cautela os casos.
Já em relação ao adeus de Juninho, a tendência é de que a data para um jogo de despedida do ídolo seja anunciada em entrevista coletiva na próxima segunda-feira. O veterano, que completa 39 anos nesta quinta-feira, deve receber uma placa em homenagem aos serviços prestados. Desta forma, o Cruzmaltino trabalha e busca sobreviver sem um dos últimos e consagrados grandes ídolos da torcida vascaína.