“A TWB sucateou todo o sistema. Era para fazer uma recuperação de milhões. Fizemos uma auditoria houve desvio de recurso. Encontrei oito barcos sucateados, inclusive os novos. Desse período para cá, o estado não teve como adquirir barcos”, dispara. Segundo Otto que também é secretário de Infraestrutura do estado, a situação encontrada foi de total falência financeira e operacional. Ele lembrou que no contrato assinado com a TWB em 2006 estava previsto o investimento, por parte da empresa, de R$ 27 milhões em cinco anos, para manutenção dos ferries, mas, desse total, apenas R$ 24 mil foram realmente investidos.
Na oportunidade, Otto revelou que o ferry boat Pinheiro, que ficou parado no mar por quase uma hora na última segunda-feira (22), foi "sabotado". “Pinheiro passou por revisão há 30 dias. Recebi um relatório da Internacional Marítima (atual concessionária que administra o sistema) dizendo que foi desligado o disjuntor do leme no barco. E eles acham que foi sabotagem”, detalha. Uma sindicância já foi aberta pela Agência de Regulação dos Serviços de Transportes da Bahia (Agerba) para identificar os responsáveis pela ação.
Ainda em conversa, Otto comentou sobre o posicionamento do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo (PDT), que acredita ser o vice na chapa encabeçada por Rui Costa (PT). “Eu acho que dentro do grupo tem que ter muito entendimento. Não adianta querer forçar a barra. Porque tropeça e cai. Se você não consegue coisas boas dos moderados, pode ter certeza que dos exaltados não vai conseguir”, alfineta.
Quanto a possibilidade de colocar uma candidata a vice-governadora na chapa encabeçada por Rui Costa (PT), Otto acredita que deve ser levado a capacidade da pessoa, e não o gênero. “Não levo para esse lado. Depende da capacidade de cada um. Não é o sexo. A participação da mulher é superimportante. A presidente Dilma tem mostrado isso”, diz.
O postulante comentou ainda sobre os adversários dele na disputa pelo Senado em outubro. Sem desprezar a candidatura da ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, que filiou à Rede Sustentabilidade, ele se auto posiciona bem na corrida. “Ela vai estrear na política agora, eu já estou há muito tempo. A eleição se decide no dia da eleição. Venho defendendo essa candidatura há muito tempo. E quero ser um senador reformista”, diz. Ao ser questionado sobre a rivalidade na reeleição do pai do ex-prefeito de Salvador, João Durval, Otto foi direto: “quem tem medo de concorrência fica debaixo da cama”.Fonte:Bocão News
