domingo, 19 de janeiro de 2014
Usuários de plano devem guardar recibos, fazer queixas e até acionar Justiça, diz Procon-BA
A contenda entre o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) e o plano de Saúde Sul América implica o não atendimento a cerca de cem mil pessoas no estado. Enquanto o desfecho da situação não chega, os usuários devem fazer alguns procedimentos para evitar maiores prejuízos (fora os já em curso). Desde a última segunda-feira (13), médicos de radiologia e de diagnóstico por imagem deixaram de trabalhar. De acordo com o superintendente do Procon-BA, Ricardo Maurício, os clientes devem guardar os recibos em gastos médicos para requerer reembolso. Outra orientação é de que os conveniados registrem queixas. No caso de recusa em atendimento de urgência e emergência – que foi assegurado durante a greve – os usuários devem entrar com mandado de segurança. “Na eventualidade de preservação da vida e, no caso de o consumidor não poder arcar com os custos, ele deve recorrer ao mandado de segurança”, assegurou Maurício, ao Bahia Notícias. Uma nova reunião entre Sindimed, Sul América, diretores de clínicas, hospitais e representantes do Procon-BA está marcada para esta segunda-feira (20). O superintendente informou que, caso não haja consenso entre as partes, o órgão deve tomar novas medidas. “Nós vamos apurar as responsabilidades, mas estamos estudando medidas judiciais cabíveis sobre os agentes envolvidos”, continuou Ricardo Maurício. O diretor disse que prefere não revelar quais são as medidas para “não comprometer a negociação, nem acirrar os ânimos”, mas informou que tem conversado com o Ministério Público e a Defensoria para tentar resolver o impasse. Na segunda (13), o Sul América ofereceu 7,5% de reajuste, o que foi considerado irrisório pelos médicos, que reclamam perdas salariais de mais de 120%. O Sindimed ainda cobra que a prestadora atualize a classificação de honorários novos, baseada na Classificação Brasileira de Honorários Médicos (CBHM), feita pela Fundação Getúlio Vargas.