Cerca de 400 trabalhadores até que chegaram a empresa pela manhã devidamente trajados para mais um dia de serviço, mas acabaram não entrando para os setores de produção e se aglomeram em frente ao galpão.
via uno paralisada-des
Os funcionários da empresa calçadista Via Uno em Conceição do Coité não trabalharam nesta segunda-feira,10, o motivo segundo a classe é o pagamento atrasado.
Cerca de 400 trabalhadores até que chegaram a empresa pela manhã devidamente trajados, para mais um dia de serviço, mas acabaram não entrando para os setores de produção e se aglomeram em frente ao galpão onde permaneceram até por volta das 10h, como não tiveram segurança do recebimento do dinheiro que foi prometido para a próxima quinta-feira,13, ou não confiaram, optaram por voltar pra casa e aguardar a posição da direção da empresa.
Os trabalhadores estavam indignados por não está sendo cumprindo um acordo por parte da empresa, ou seja, segundo a categoria foi firmado um compromisso de pagamento semanal correspondente a valores atrasados e nem isso vem sendo feito, o que deixou os funcionários reclamando bastante, não só da falta do dinheiro como também a forma como são tratados pelos diretores, que segundo os trabalhadores são sempre ameaçados.
Outro fato relatado pelos trabalhadores em consequência das situações da falta de pagamento, já que não foi a primeira vez que isso ocorreu, é que eles já não têm credito no comercio.” A gente quando chega a uma loja para comprar que o balconista pergunta onde trabalhamos e respondemos Via Uno, eles não querem vender,eu mesma quando preciso fazer uma compra evito ir de guarda-pó da empresa, pois o vendedor não nos dá nem atenção”, relatou uma funcionária que pediu para não ser identificada, cujo assunto foi revelado por outras pessoas.
Relataram também o atraso nos depósitos no FGTS – Fundo de Garantia por Tempo e Serviços e a Previdência Social – INSS e que o décimo terceiro foi dividido em seis parcelas, este acordo até o dia 20 do mês passado foi depositado, estão aguardando que seja mantido esse compromisso.
representante do Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Calçados,Ricardo Tavares, conhecido por Léo da Sintracal, o vereador Danilo Ramos estiveram no local, e usaram o microfone do carro de som, sugeriram que eles trabalhassem, pois havia a garantia de que o valor atrasado seria pago na quinta-feira, mas não garantia o pagamento do que fosse feito essa semana, proposta recusada, mesmo ambos tendo reconhecido que foi feito um acordo ruim com os trabalhadores e ainda assim a empresa não cumpriu.
Danilo garantiu que permanece na luta está ao lado do trabalhador para qualquer rumo que ele tomar, seja na permanência do trabalho ou caso deseja ingressar na justiça como outros já fizeram.O vereador deixou claro que seu maior desejo é a recuperação da empresa e que todos possam continuar produzindo.
O CN não conversou com o gerente de produção de empresa o Luiz Carlos Keller responsável por Coité e Valente, pois foi informado que se encontrava em Valente onde estava ocorrendo a mesma situação na unidade daquela cidade.
Foi formada uma comissão para aguardar o gerente Luiz Carlos Keller (foto) e definir a situação do pagamento, bem como o retorno as atividades nesta terça-feira,10. A reunião aconteceu no meio da tarde e envolveu o representante da empresa, três trabalhadores representando a cada setor da fábrica, ou seja: corte,costura e montagem, onde foi apresentada uma proposta para regularizar os pagamentos, a começar na quinta-feira, só que o representante da empresa resolveu comunicar a direção em Rio Grande do Sul que pediu um prazo até a mesma quinta-feira para responder, mas garantiu que os trabalhadores não sofrerão prejuízos até lá, nem pela segunda, pela terça e nem quarta-feira, pois receberão normalmente.
Vale lembrar que a Via Uno está em fase de recuperação Judicial para tentar evitar a falência e sair da crise, o que de certo modo a deixa “protegida”.A entrada na recuperação judicial foi dada no Rio Grande do Sul e segundo informações, a justiça ainda não apresentou o plano de como a empresa deve se comportar para sanar a crise e automaticamente acertar a situação com o quadro de funcionários.
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas