A defesa dos dois suspeitos de soltarem o rojão que atingiu e matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, Caio Silva de Souza e Fábio Raposo, ambos de 22 anos, conta agora com dois advogados.
Convidado por Jonas Tadeu Nunes, que acompanha o caso desde o início, o advogado criminalista Wallace Martins aceitou na noite de segunda-feira (17) participar da defesa da dupla, que foi denunciada pelo MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), também na segunda, por homicídio doloso triplamente qualificado e crime autônomo de explosão.
Assim como já havia declarado Jonas Tadeu, o novo integrante da defesa afirmou que não vai cobrar honorários pela participação no caso. "Vou fazer a defesa completamente pro bono (expressão em latim que significa "para o bem do povo", sem remuneração). O que me move nessa causa é a injustiça que está sendo feita com esses dois rapazes", disse Martins.
O criminalista disse discordar da denúncia dos dois por homicídio doloso. "Está se fazendo uma injustiça muito grande, porque o crime não foi homicídio doloso. No máximo, culposo. Eles podem ter atuado com imprudência e negligência, que caracterizaria o crime culposo. Mas não houve dolo, intenção, nem eventual", declarou.
Para o advogado Jonas Tadeu, o enquadramento dos dois por homicídio doloso triplamente qualificado por motivo torpe, pela impossibilidade de defesa da vítima e pelo emprego de explosivo"é uma barbaridade". "É uma estupidez grande no Direito. Vamos aguardar a decisão judicial", afirmou.