quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
Entrevista: “Não vou sair da política”, garante Wagner.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), abriu espaço na agenda para atender ao jornalismo do Bocão News durante o evento que marcou o anúncio dos investimentos do governo do Estado, no Hotel Sheraton,em Salvador.
Wagner respondeu sem pestanejar sobre o futuro político dele pós 2014, quando deixará o posto de governador após oito anos. Também falou sobre o desejo de receber mais um jogo da Copa do Mundo de futebol, além dos seis já previstos, e da esperança que ainda nutre de ter uma mulher como vice na chapa em que o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, encabeça como pré-candidato para a disputa pelo governo da Bahia.
- Governador, a equipe de ACM Neto tem auxiliado o Estado para a melhoria de Salvador?
- Wagner: “Evidente que se você trabalha com uma prefeitura que tem um grau de organização melhor, você funciona melhor. Eu não posso negar isso aí, que a equipe dele é uma equipe que tá muito mais organizada do que a anterior. Apesar que eu era aliado de João Henrique, mas o que é que eu vou fazer”.
- Caso a Arena da Baixada, em Curitiba, não esteja em condições de receber os jogos da Copa do Mundo, Salvador vai entrar na briga?
- Wagner: “Antes da decisão da FIFA eu não quero tomar nenhuma iniciativa para não parecer que estou trabalhando para tirar Curitiba do ‘ar’. Se efetivamente a FIFA desclassificar Curitiba e me procurar, eu irei batalhar para ter mais um jogo aqui em Salvador, mas eu espero que eles consigam equacionar o problema”.
- Sobre a possibilidade de uma mulher sair como vice na chapa do governo. Ainda está de pé?
- Wagner: “Eu continuo simpático, estou conversando com os partidos. Serão indicações partidárias. Se as indicações puderem recair sobre uma mulher será bom. Não é uma obrigação, eu tô dizendo que é um desejo. Eu acho que é importante, não é uma imposição, mas se puder ter será ótimo”.
- Como o governador chegou aos nomes para representar a base na disputa pelo governo do Estado e Senado?
- Wagner: “Nós conseguimos resolver internamente no PT com uma certa rapidez. Eu ajudei na medida em que eu abri mão daquilo que se considera que era a vaga do governador que é do senado. Então, facilitou a arrumação. Otto confirmou esse desejo e houve uma concordância do grupo, até por ser o segundo maior grupo da base, o primeiro é o PT. E agora, depois de março, vamos resolver e vamos pra luta. Até porque quem ganha eleição é o trabalho. Eleição não se ganha de véspera, tem que rodar muito”.
- O que Jaques Wagner irá fazer depois que deixar o posto do governador em dezembro de 2014?
- Wagner: “Eu vou terminar a minha tarefa. Eu tomei essa decisão pessoalmente. Poderia ser candidato a deputado, poderia ser candidato a senador, mas achei que era melhor agente quebrar esse ciclo que obrigatoriamente o governador quando está no segundo mandato sai para ser senador. O povo me elegeu para ser governador e vou completar os oito anos. E seguramente não vou sair da política. Se a presidenta Dilma entender que eu tenho contribuição a dar no governo federal, essa é uma hipótese. Se não for isso, eu vou procurar uma outra forma dentro de partido. Tem muita coisa para agente fazer. Eu acho que você não pode ficar escravo do mandato, acho que você tem espaço pode contribuir no terceiro setor, em organização não governamental, organização partidária. Pra mim fez bem tomar essa decisão. Eu não fico fazendo conta, ah vai voltar. Acho que já dei minha contribuição como deputado, ministro de Lula, governador”. Fonte:Bocão News