domingo, 23 de fevereiro de 2014
Foliões devem ficar atentos aos riscos de beijar no Carnaval
Perder calorias, fortalecer 29 músculos, sensação de bem- -estar, além da possibilidade de achar o par ideal. Apesar dos benefícios, o beijo não é apenas um carinho com boas consequências, principalmente durante o Carnaval, quando o cuidado com a saúde não costuma estar no topo da lista de prioridades.
Saliva e outros tipos de secreção, como as respiratórias, são meios de transmissão de vírus e bactérias que causam diversas doenças. "É uma questão cultural. Com o clima de paquera mais intenso, as pessoas se beijam e a troca de saliva propicia o contágio", diz a infectologista Mariana Volpe Arnoni.
Os dias seguidos sem uma dieta equilibrada e poucas horas de sono podem deixar o organismo frágil, facilitando o contágio. E como evitar o contato ou ambientes com pouca ventilação não é o caminho escolhido pela maioria que gosta de aproveitar os dias de folia, a orientação é manter o organismo fortalecido com a ingestão de alimentação saudável e suplementos com vitaminas e minerais.
"É difícil mesmo. Nem todo mundo passa o Carnaval colecionando beijos, mas é um período que cabe à gente curtir as paqueras que aparecem no decorrer do circuito", explica a administradora Roseli Santos, 32 anos.
Copos, talheres, aparelho celular também são focos de infecção. "Compartilhar esses objetos, caso a pessoa esteja infectada, também facilita o contágio. A escolha do local para comprar comidas e bebidas também é importante, para evitar males como a hepatite A", alerta o gastroenterologista Fernando Souza.
No caso da ocorrência de febre, dor de garganta e a presença de gânglios no pescoço, a recomendação é procurar atendimento médico.
O vendedor Edson Ramos, 32 anos, já foi vítima do exagero no Carnaval. "Com essa história de não ter limite, acabei pegando a doença do beijo (mononucleose) e, hoje, bebo menos para não perder o controle e tenho mais cuidado".
DSTs
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) também estão no rol dos riscos do período. "No contato sexual, podem ser transmitidos HIV, hepatite B, hepatite C, sífilis, gonorreia, clamídia e HPV. Mas todas são evitadas com o uso do preservativo", afirma a infectologista Mariana Volpe Arnoni.
Após relação sem proteção, o ideal é fazer exames. "Parte dessas doenças não tem manifestação imediata, que podem ocorrem meses após o contato. A sífilis, a gonorreia e a clamídia podem causar sintomas em alguns dias que podem ser diagnosticados", explica a especialista.
Saiba as causas e os sintomas
Cárie
Para evitar a bactéria alheia, boa escovação e uso de fio dental
Mononucleose (doença do beijo)
Causada pelo vírus Epstein-Barr. Provoca febre, dor de garganta, gânglios no pescoço e até alterações no fígado e no baço
Gripes e resfriados
A gripe é causada pelo vírus influenza. Já o resfriado pode ser causado por vários vírus. Provocam febre, dor de cabeça e no corpo, tosse, coriza, mal-estar e fraqueza
Hepatite A
Causada pelo vírus VHA. Tem como sintomas: febre, dores musculares, cansaço, mal-estar, inapetência, náuseas, urina escura e vômito. Além da via oral-fecal, pode ser transmitida por alimentos ou água contaminados
Meningites
Ocorre quando bactérias e vírus atingem as membranas que envolvem o encéfalo, a medula espinhal. Causa febre, mal-estar, vômitos, dor de cabeça e no pescoço
Herpes simples
Os vírus de tipos 1 (oral) e 2 (genital) provocam lesões bolhosas na pele e mucosas.Fonte:Atarde