A escolha do nome que vai compor a última vaga na chapa majoritária do pré-candidato ao governo Rui Costa (PT) pode não ter ligação com a formação da chapa da oposição, mas tem levantado inúmeras especulações de que sim. A decisão do nome cabe ao governador, mas se será uma mulher ou homem, negro ou não, é assunto que os políticos continuam opinando e a imprensa especulando.
Para o governador Jaques Wagner (PT), essa demora da escolha da vice não tem a ver com a escolha da oposição. “A gente já tinha estabelecido esta data, mas para poder ter tempo de dialogar com todo mundo, mas não tem a ver diretamente com o tempo deles. Acho que cada um tem o seu tempo, a oposição vai, em algum momento, escolher a sua candidatura, mas nossa chapa não tem uma vinculação direta”.
O ministro dos Transportes, César Borges (PR), em contato com a Tribuna, concordou com o governador de que o fato da oposição não ter ainda uma chapa dificultaria a essa escolha da vice. “Nada a ver. A oposição tomará as suas decisões no momento oportuno, na hora que achar conveniente, nada interfere no processo do outro”.
Sobre o processo de escolha, a progressista Eliana Boaventura disse que encara essa possibilidade de assumir a vaga de vice com naturalidade. “Não estou fazendo nenhum tipo de movimento para ser a vice. Agora, se isso vier a acontecer, é lógico que eu acho que as mulheres vão se sentir prestigiadas. Temos 52% de mulheres que compõem o eleitorado da Bahia e do Brasil, tem aí a presidente Dilma dando um exemplo de como administrar”. De acordo com Boaventura, não há nenhum tipo de vaidade, nem tentativa de fazer disputa.
“Estamos à disposição, sou um quadro do PP, que também tem os companheiros Mário Negromonte, João Leão, e tantos outros do partido, que, se for um desses nomes, nós estaremos com eles e se não for também eu vou estar, seja Marcelo Nilo, ou qualquer outro, nós vamos estar juntos trabalhando”, completa.