O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), negou que sua atuação nesta terça-feira (25), ao barrar a aprovação de um requerimento de urgência de um projeto de interesse do governo, tenha sido política. Dos quatro requerimentos de urgência previstos, o que autoriza a operação bancária para a antecipação dos recursos dos royalties do petróleo para capitalizar o Fundo de Previdência (Funprev) não foi apreciado. “Foi uma decisão técnica”, disse o pedetista nesta quarta (16), ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM, ao explicar o motivo de atender ao pedido do oposicionista Paulo Azi (DEM). Além de negar uma revanche contra o governo por ter ficado de fora da chapa majoritária encabeçada pelo PT, o presidente da AL-BA criticou o deputado Zé Neto (PT), líder da maioria. Irritado com as decisões de Nilo nesta terça, o petista declarou que “tudo tem limite” e previu “desdobramentos”. De acordo com Nilo, o líder da maioria age dessa forma por desconhecer o regimento interno da Casa. “O deputado Zé Neto não lê o regimento, não tem assessoria, ultrapassa os limites da dificuldade, acha que tem que passar por cima de quem faz oposição”, afirmou o pedetista.
O presidente da AL-BA relatou ser consultado pelo petista “no mínino dez vezes por dia” e disse que “cansou” de auxiliar o líder do governo. “Toda hora ele me telefona: ‘Como faz isso, como faz aquilo?’. Ele acha que sou assessor dele. Sou presidente de um poder”, afirmou. Nilo mandou ainda o recado de que, apesar de ser amigo do governador e filiado a um partido da base aliada, não atropelará as normas que regem a Casa. Acusado mais de uma vez pela oposição de desrespeitar o regimento para fazer a vontade do Executivo, Nilo disse considerar o texto “uma Bíblia”. Segundo o pedetista, Zé Neto ligou para o governador para reclamar do encaminhamento que teve a sessão desta terça. “Parece menino. Liga para o governador. O secretário Cícero Monteiro [Relações Institucionais] esteve no meu gabinete e eu expliquei”,
declarou.Fonte:Bahia Noticias