O governador Jaques Wagner vai ter de se esforçar bastante para manter o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, em seu arco de apoio. Contrariando as expectativas, o pedetista não compareceu à reunião do Pacto pela Vida, que conta com a participação dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Quem está representando Nilo é o procurador geral da Alba, Graciliano Bonfim. A relação entre Wagner e Nilo começou a azedar quando o pedetista soube, por meio da imprensa, que seu nome foi preterido em detrimento ao de João Leão como candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Rui Costa (PT).
Mais cedo, em conversa com o Bocâo, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), disse que a ordem era acalmar os ânimos. E, como não podia ser diferente, afirmou que ainda não havia sido escolhido o vice.
No entanto, os pepistas saíram na frente e trataram de dar detalhes da conversa com Wagner. Joao Leão foi escolhido por sua visibilidade na região oeste, onde os números não são nada favoráveis a Rui Costa. Leão seria o plus necessário a Rui Costa.
Sem dar trela aos argumentos, Nilo bateu pé. Não aceita ser excluído do jogo pela imprensa. E mais. Quer que Wagner lhe diga pessoalmente os critérios para ter escolhido Leão e o PP, ao invés dele - o escudeiro fiel de Wagner - e o PDT.