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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

terça-feira, 4 de março de 2014

Cordeiros de blocos ganham R$ 45 por dia e chegam a passar fome em Salvador

De um lado grandes camarotes que chegam a custar R$ 1800. De outro, blocos com valores que chegam a R$ 1500 por abadá. Entre eles, trabalham, quase invisíveis para boa parte dos que curtem o Carnaval de Salvador, os famosos cordeiros – homens e mulheres que seguram as cordas que separam foliões pagantes da pipoca.

Por dia, cada uma dessas pessoas ganha R$ 45, além de biscoitos e água, para fazer um percurso de cerca de quatro horas enfrentando chuva, sol e os comuns empurra-empurras durante o circuito.

Cátia Sueli tem 34 anos, quatro filhos e está desempregada. Ela vai trabalhar por seis dias como cordeira e receberá R$ 270. "Preciso muito desse dinheiro. Vou conseguir alimentar meus filhos. Trabalho honestamente, por isso estou aqui", disse à reportagem do UOL. Moradora do bairro de Santa Cruz, ela leva em torno de uma hora para chegar ao Circuito Dodô (Barra).

Segundo a cordeira, "essa vida é humilhante" já que ela chegou a passar fome no Circuito. "A gente chega aqui cedo sem almoçar e eles nos dão biscoitos, o que não nos alimenta. E nós não temos dinheiro para comprar comida quando saímos daqui", lamentou.

Carlos Augusto, por sua vez, tem 37 anos e é cordeiro há 15. Sem emprego, ele conta que já chegou a apanhar de policiais dentro do percurso. "Os foliões empurram e fazem zona. O policial nunca vai achar que foram eles e sentam o cassetete em nós", contou ele.

O UOL presenciou o desrespeito a esses cordeiros dentro do trio. Muitos foliões os empurram, agridem e até negam alguns pedidos de água.  Pelas ruas, muitos deles dormem no chão à espera do outro dia de trabalho.

Esse é o caso do casal Thais Oliveira e Samuel Nascimento, que dorme em uma barraca no bairro da Barra. "Não vale a pena nada disso. É muito desgastante. Arriscamos a nossas vidas por mixaria. Mas precisamos comer e alimentar nossa filha", disse a cordeira.

De acordo com a Prefeitura de Salvador, a responsabilidade por esses cordeiros é do bloco carnavalesco. No entanto, o órgão estabelece normas para que essas pessoas tenham qualidade de vida no trabalho.

"Eles precisam fornecer equipamentos como luvas, camisetas e bonés. Além de protetor solar", disse a assessoria de imprensa da prefeitura. No entanto, somente dois de 15 entrevistados pela reportagem receberam protetor solar.