Mães de crianças que recebem tratamento contínuo no Hospital Municipal da Criança, localizado no bairro Jardim Cruzeiro, em Feira de Santana, estão preocupadas com a possibilidade de fechamento da unidade. Na tarde desta segunda-feira (31), a dona de casa Joicimara Santos Silva Mota, de posse de um abaixo-assinado com mais de 200 assinaturas, se mostrou preocupada com a possibilidade de desativação do hospital.
Ela disse que pretende levar o abaixo-assinado e entregar ao prefeito José Ronaldo de Carvalho, solicitando que o hospital não seja fechado. Ela informou também que o filho, Wesley Mota, de 3 anos, que tem hidrocefalia, não pode interromper o tratamento porque correria risco de morte. “Meu filho precisa ser internado constantemente e não tenho para onde levá-lo. Toda semana, todo mês eu vivo aqui”, afirmou.
Segundo Joicimara, as alas da unidade estão aos poucos sendo desativadas para dar espaço para leitos de obstetrícia do Hospital da Mulher. Ainda de acordo com a dona de casa, o número de funcionários foi bastante reduzido, pois foram transferidos para outra unidade.
A presidente da Fundação Hospitalar, Gilberte Lucas, que administra o complexo materno-infantil da entidade, contesta as informações de Joicimara. Segundo ela, esses comentários de que o hospital vai fechar são apenas boatos e garante que o atendimento está normal.
Segundo ela, nem houve de leitos para internamento de crianças. No entanto, confirma que alguns setores do Hospital da Criança que estavam sem funcionar foram transformados em novas alas para obstetrícia do Hospital da Mulher. Gilberte Lucas informou que em 2013 foram atendidas mais de 4 mil crianças nas 11 especialidades que o hospital oferece. “Na questão de internamentos a gente trabalha com um número de leitos que a gente encontrou. Não houve aumento desses leitos, mas eles foram mantidos”, afirmou.
Ela disse ainda que o Hospital Municipal da Criança é mantido exclusivamente com verbas do município e que se houver a decisão do fechamento o assunto deverá ser amplamente discutido junto com os setores da sociedade. “Existem pessoas que criticam o hospital defendendo esse fechamento e que todo o espaço da unidade seja transformado em leitos para obstetrícia. Mas a gente sabe e tem consciência que tem mães que precisam desse atendimento”, afirmou.Fonte:Acorda Cidade