O título acima parece um verso do hino do Bahia, mas é apenas em parte. Metade, para ser mais preciso. A brincadeira com um trecho da letra de Adroaldo Ribeiro Costa é para fazer referência ao grande clássico baiano. Até porque é natural falar em Campeonato Baiano e fazer logo uma ligação direta com o Ba-Vi. Em 2014 não será diferente: a goleada do Vitória por 6x0 no Vitória da Conquista, ontem, em Pituaçu, põe rubro-negros e tricolores em mais uma decisão do estadual.
De 1931, ano de fundação do Bahia, para cá, foram 34 finais disputadas pela dupla, com pequena vantagem rubro-negra. São 18 títulos do Leão, contra 17 do Esquadrão. A soma não bate porque o título de 1999 foi dividido entre os dois rivais.
E, na edição de número 110 do Campeonato Baiano, o Vitória tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais, por ter feito melhor campanha. O primeiro clássico será domingo, na Fonte Nova. O segundo, dia 13, em Pituaçu.
No entanto, é relevante lembrar um dado atual: o tricolor está há cinco Ba-Vis invicto. Tal invencibilidade começou desde o empate em 1x1 no segundo jogo da final de 2013, no Barradão, logo após o 7x3 rubro-negro. Depois daquela goleada histórica, o Vitória não venceu mais o Bahia. Foram três empates e duas derrotas, inclusive o “Lepo Lepo” do último encontro entre os rivais, há oito dias.
A diferença dos próximos duelos é que vão valer taça. E valendo título, essa decisão oscilou muito ao longo dos anos. As 34 decisões tiveram momentos distintos. Nas décadas de 1940, 50, 60 e 70, o Tricolor de Aço teve supremacia. Até 1979, o Esquadrão já tinha conquistado 10 dos 16 títulos que tem sobre o maior rival. Os anos 80 foram marcados pelo verdadeiro equilíbrio. Bahia campeão em 81 e 88; Vitória em 85 e 89.
Na virada para os anos 90 e antes mesmo da chegada do novo século, o Leão virou o jogo nas decisões contra o Esquadrão. De lá para cá, o time da Toca levantou o troféu 11 vezes, das 17 conquistas. Porém, os dados, apesar de históricos, tornam-se quase subjetivos e irrelevantes quando a bola rola. Porque, quando a bola rola, é realmente só isso o que importa. Quem venham os Ba-Vis.Fonte:Correio da Bahia