Veto a projeto que pode criar 400 novos municípios será decidido pelo Congresso
PMDB teme repetir derrocada do DEM
A revolta do PMDB com o modo como é tratado pela presidente Dilma Rousseff tem na sua concepção o temor de que aconteça com o partido o mesmo que ocorreu com o antigo PFL. O líder da bancada peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), é um dos que propagam a tese. "Estamos virando o DEM do PT. O reflexo mais forte é na Câmara, porque é aqui que se divide o tempo de TV e assim eles precisarão cada vez menos dos aliados", afirma. A extinta sigla - hoje DEM - chegou a ter o maior número de deputados na Câmara na década de 90, mas abriu mão do protagonismo nacional e nos Estados para apoiar e se tornar o principal aliado do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A dobradinha foi permanente entre as eleições de 1994 e 2010. O PFL acabou tendo de mudar de nome para tentar se renovar e hoje soma apenas 27 deputados, um quarto do que já teve. Com isso, o apoio que antes era caríssimo aos tucanos atualmente é tratado como dispensável. Neste ano, por exemplo, não existe garantia nenhuma de que o DEM possa indicar um nome para disputar a vice-presidência na chapa do senador tucano Aécio Neves (MG). "O PMDB é um atento observador da cena e percebeu o plano em curso do PT. Agora, o PMDB está botando o pé no bucho (dos petistas)", diz, ao avaliar a situação do PMDB, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN). Espaço. Agripino relata sua sensação de "já vi esse filme antes". "O PFL foi perdendo o protagonismo quando aceitou entrar na vice-presidência em 1994, com Marco Maciel, no (governo) Fernando Henrique Cardoso. Fomos cedendo espaço sucessivamente. E esse é o plano estratégico do PT: tomar espaço." Agripino afirma que o DEM, no passado, "não fez o dever de casa, não trabalhou para se fortalecer regionalmente e cometeu o grave erro de não se fazer valer nos Estados onde tinha mais força, como Minas Gerais e Paraná, por exemplo, perdendo espaço para os tucanos em nome da aliança". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Após xingar e chamar frentista de 'preto', homem é levado à delegacia em Feira de Santana
Sob denúncia de injúria racial contra o frentista José Souza dos Santos, 31 anos, o representante comercial Nelson Renato Pacheco, 54 anos, foi preso em Feira de Santana, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A prisão ocorreu no sábado (15), após, segundo a vítima, o homem tê-lo xingado e chamado de preto. A discussão ocorreu após uma batida entre um carro e um caminhão em frente ao posto onde José trabalha. Com o nervosismo da proprietária do veículo, o frentista a deixou estacionar em frente ao posto, mesmo sem autorização. Com a chegada de Nelson, marido da dona do carro, José pediu que ele o retirasse do local. Irritado com o pedido, o homem o xingou de "filho da puta preto". Nelson foi conduzido por policiais até a delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado em seguida, após pagamento de um salário mínimo como fiança. Colegas do funcionário também foram ouvidos. Segundo a delegada que apurou o caso, Mônica Soares, o crime foi injúria qualificada e não racismo. "O racismo se configura da seguinte maneira: quando uma pessoa é impedida de entrar em um estabelecimento comercial, entrar em um restaurante, de ser matriculado em alguma instituição. Isso é o racismo na letra da lei. No caso de uma ofensa, querer injuriar uma pessoa, xingar, usando a cor da pele, como foi o caso, por exemplo, nesse caso é injúria qualificada", explicou. Com informações do portal G1 Bahia e Acorda Cidade.
Pelo Facebook, grupo convoca reedição de marcha anticomunista ocorrida em 1964
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, ocorrida em São Paulo, no dia 19 de março de 1964, para pedir que o então presidente João Goulart fosse deposto, por conta de uma ameaça comunista, será reeditada no próximo sábado (22), em mais de 200 cidades. O evento, convocado pelo Facebook, já tem a confirmação de presença de mais de 3 mil pessoas. Em apoio ao regime militar, cerca de 500 mil pessoas foram às ruas, segundo informações do Jornal do Brasil na época. Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, entre as justificativas para a passeata estão “um golpe comunista marcado para esse ano" e que seriam organizados pelo “PT, com o apoio de partidos de esquerda, da Mídia Ninja". O grupo pede uma intervenção militar, para acabar com a corrupção, retirar os políticos corruptos de seus cargos, moralizar os três Poderes e convocar novas eleições para a criação de um governo “ficha limpa". "Seria constituído um governo provisório, de três meses, e eles convocariam novas eleições, mas em urnas que não sejam fraudadas", explicou à Folha um dos organizadores do evento, Bruno Toscano. Também envolvida na organização da marcha, Cristina Peviani afirmou, em resposta ao uso de tortura pelos militares, que nem sabe “se eles adotaram isso. Porque o pessoal que diz que foi torturado está tão gordo, tão forte, tão bonito, né? Eu vi lá na comissão [da Verdade de São Paulo], que eles não tinham uma marquinha sequer. Mas, o seguinte: era uma guerra entre o bem e o mal. Os dois mataram. Eu tenho uma lista imensa de soldados mortos pelo comunistas". O grupo se diz apartidário. Fonte:Bahia Noticias