sexta-feira, 4 de abril de 2014
Para Coutinho, sem uma quantidade suficiente de hormônio, a vida perde sentido e interesse.
Um dos debatedores do 4° Congresso Norte-Nordeste de Ginecologia Endócrina, realizado em Salvador entre esta sexta-feira (4) e sábado (5), o médico e cientista baiano Elsimar Coutinho voltou a reforçar a importância da reposição hormonal para o aumento da qualidade de vida e a melhora da saúde em pessoas com idade mais avançada. Para Coutinho, sem uma quantidade suficiente de hormônio, a vida perde sentido e interesse. “A gente tem uma dependência absoluta dos hormônios para ser saudável e feliz. A pessoa sem reposição de hormônio vai ser infeliz a vida interia. Vai ficar doente, vai ganhar peso, vai aumentar a incidência de câncer, vai desgraçar a vida”, deduziu o pesquisador momentos antes da conferência de abertura do encontro em entrevista ao Bahia Notícias. Coutinho afirma que um dos impedimentos para a aceitação do método é ainda a “ignorância” e o “temor ao desconhecido”, o que faz tanto homens quanto mulheres se distanciarem do método. O médico considera que só “aqueles que estão ameaçados de morte, com uma doença infecciosa ou degenerativa” teria direito de não se preocupar com o restabelecimento hormonal do corpo. Convicto das possibilidades que uma carga nova de hormônios pode fazer pela vida sexual das pessoas, o estudioso enfatizou a importância de as substâncias serem regularmente administradas. “Sem hormônio, o homem não tem ereção, portanto não pratica sexo. Sem hormônio, a mulher não tem lubrificação na vagina e também não vai praticar o ato sexual. Ponto”, argumentou. Aqui, o médico faz ressalvas. Saber o tipo de substância é importante para o tratamento. As sintéticas, segundo ele, são as menos indicadas. “Elas não são metabolizadas do mesmo jeito pelo organismo”, recomendou. O evento, que ocorre no Hotel Fiesta (Itaigara), ainda tem outro ponto alto nesta sexta. Será a palestra do professor de obstetrícia e de psiquiatria da Universidade de Yale, de Nova Iorque, Phillip Sarrel. O norte-americano falará dos resultados positivos, como a redução da mortalidade de mulheres na menopausa através da reposição de hormônios.