terça-feira, 22 de abril de 2014
‘Se o STF é moroso, imagina o resto do país’, diz advogado sobre Habeas Corpus de Prisco
O diretor jurídico da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares (Aspra) Fábio Brito, um dos defensores de Marco Prisco (PSDB), reclamou da demora do Supremo Tribunal Federal em decidir sobre o pedido de Habeas Corpus para o vereador. O pedido foi entregue na última sexta-feira (18) à ministra de plantão Carmen Lúcia, mas como não foi expedida uma decisão o processo foi entregue ao ministro Ricardo Lewandowski, sorteado para cuidar do caso, nesta terça (22). Segundo a assessoria do STF, Lewandowski tem uma série de processos em seu gabinete e não tem prazo para definir ou não a soltura de Prisco. “O Habeas Corpus é um pedido de extrema urgência e não conseguimos entender porque não foi votado no plantão. Afinal, plantão serve para isso”, disse Brito ao Bahia Notícias. Ele reforçou que, apesar de ter sido transferido para uma cela individual, otucano ainda corre riscos já que o banho de sol é coletivo, com presos de “alta periculosidade”. “Lá não tem nenhum ladrão de galinhas”, reclamou. O advogado disse ainda não entender porque a Corte não se pronunciou. “Se o STF é o órgão máximo, a referência, e apresenta essa morosidade, imagina como não está o resto do país”, alfinetou. Prisco liderou a greve da Polícia Militar da Bahia, finalizada na última quinta-feira (17), e foi detido na sexta (18) por “crime político grave” cometido na paralisação da PM do estado em 2012, também encabeçada por ele.