O corpo de Luciano do Valle, que morreu neste sábado aos 66 anos vítima de infarto, será velado neste domingo, em Campinas, na Câmara Municipal. O enterro também acontecerá na cidade do interior paulista, no cemitério Parque Flamboyant, no mesmo dia, às 16h.
Luciano teve uma morte súbita quando viaja de avião de São Paulo para Uberlândia para transmitir o jogo entre Atlético-MG e Corinthians pela primeira rodada do Brasileirão. O jornalista da Band chegou a ser encaminhado para o Hospital Santa Genoveva, na cidade mineira, e teve a morte confirmada às 16h15.
Segundo informações do médico cardiologista Roberto Botelho, que estava no voo e prestou os primeiros socorros, Luciano morreu sem sofrer. "O que ele apresentou é chamada de morte súbita, ela acontece menos de uma hora quando começam os sintomas", informou.
Luciano começou a carreira em 1963, com apenas 16 anos, como locutor da Rádio Brasil, de Campinas. Mudou-se para São Paulo quatro anos depois para trabalhar na Rádio Gazeta.
Ganhou destaque nacional em 1971, quando passou a narrar na Globo onde ficou por 11 anos. Além do futebol, narrou as conquistar de Emerson Fittipaldi na Indy, cobriu os Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Dois anos mais tarde, com a saída de Geraldo José, tornou-se o principal locutor da Globo.
Deixou a emissora em 1982, teve passagem rápida pela Record e em 1983 começou sua trajetória na Band. Foi responsável pela criação do “Show do Esporte”.
Luciano era o principal narrador da Band, onde teve duas passagens, de 1983 a 2003 e depois de 2006 até os dias de hoje. Transformou a emissora em Canal do Esporte. Além de se especializar na narração do futebol, foi um dos principais divulgadores dos esportes olímpicos. Narrou boxe, onde lançou Maguila. Também foi ícone da geração de prata do vôlei masculino na década de 80. Sua importância foi tão grande que ganhou o apelido de Luciano do Vôlei. No basquete, deu apelido de Magic Paula e Rainha Hortência, quando o time feminino conquistou o Mundial no início dos anos 90.
Apresentou ao Brasil a Fórmula Indy e também foi técnico e criador da Seleção Brasileira Masters de Futebol, que contava com ídolos e amigos como Rivelino, Edu e Dario.