Fernando Francischini (PR), líder do Solidariedade na Câmara, já afirmou que vai pedir a expulsão do deputado Luiz Argôlo (BA), singelamente tratado pelo doleiro Alberto Youssef como “Bebê Johnson”. Que coisa mais fofa! Sinto daqui o cheiro dos cosméticos infantis… Ah, tenham paciência! Saímos da esfera da crônica policial para a de costumes. Nesta sexta, ele já perdeu o cargo de vice-líder do partido na Casa.
O que este tal Argôlo — de quem, confesso, nunca tinha ouvido falar — ainda faz na Câmara? Vai ser cassado mesmo! O processo já foi aceito pelo Conselho de Ética. Por que não tem o bom senso de renunciar para evitar maiores constrangimentos a si mesmo e ao Parlamento brasileiro.
Alguém dirá que isso tudo tem a ver com financiamento privado de campanha; que, se fosse público, coisas assim não aconteceriam. Besteira! Essas coisas têm outra natureza. Quem quer manter esse tipo de promiscuidade não precisa de lei a orientá-lo; o seu negócio é justamente desrespeitar as leis.
Aliás, o Solidariedade não tem de anunciar nada! Expulse e pronto! Ou imagina ainda alguma defesa possível para Luiz Argôlo, aquele que saltou direto da obscuridade para o Conselho de Ética e, dali, certamente para a cassação?
Argôlo tem o direito de ser amigo de quem quiser e de ser chamado, por esses amigos, de Bebê Johnson. Só não pode ser com dinheiro público.
Por Reinaldo Azevedo(foto)