quinta-feira, 29 de maio de 2014
Citado em matéria sobre doleiro e eleito para TCM, Negromonte diz que sofre ‘massacre’ da imprensa
Nomeado na noite desta quarta-feira (28) conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o deputado federal Mário Negromonte (PP-BA) afirmou, nesta quinta (29), que, se houvesse alguma “mancha” em sua carreira política, “jamais aceitaria” o cargo. Citado em reportagem da revista Veja sobre esquema de “pedágios” em contratos da Petrobras, o parlamentar é apontado como um dos frequentadores do escritório do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Em entrevista ao programa Acorda pra Vida da Rede Tudo FM 102,5, o pepista negou qualquer tipo de vínculo com o acusado e alegou ser vítima de um “massacre de parte da imprensa”. “Algumas pessoas foram citadas na investigação. O meu nome não tem nada. Se soubesse algo de errado sobre mim, [o governador Jaques] Wagner não teria me indicado ao tribunal. Tenho seis mandatos e não respondo a nenhum processo. Isso é coisa rara no meio político”, reafirmou, um dia após defender-se de insinuação do deputado estadual Targino Machado (DEM), que, durante votação na Assembleia Legislativa, questionou sua "conduta ilibada", critério exigido aos membros de tribunais de contas. Ex-correligionário do congressista Luiz Argôlo (atual SDD), que responde a dois processos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados graças à troca de mensagens suspeitas com Youssef, Negromonte disse não ser “responsável por atitudes de colegas de partido”. “Eu fui líder de uma bancada de mais de 40 deputados. A gente viaja pelo interior, aperta a mão das pessoas. Mas não posso comentar [o caso de Argôlo] porque não o conheço a fundo”, argumentou. O novo membro do TCM foi eleito com 47 votos de deputados ao seu favor. Onze foram contra.