O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou nesta quinta-feira (15) um processo disciplinar contra o deputado federal Luiz Argôlo (SDD-BA) por suspeitas de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a operação Lava Jato. Com o início do processo, o parlamentar não pode mais renunciar para evitar a perda dos direitos políticos.
Este é o segundo parlamentar na mira do conselho por suspeita de envolvimento com Youssef. O primeiro caso é o do deputado licenciado André Vargas (sem partido-PR), que chegou a renunciar ao cargo de vice-presidente da Câmara por desgaste político com o caso.
O conselho tem prazo de 90 dias úteis, a partir de amanhã, para concluir o processo disciplinar, que pode acabar em cassação do mandato. O parlamentar também está sendo investigado pela Corregedoria da Casa.
O próximo passo é a escolha do relator do processo. A escolha do relator será feita por Ricardo Izar (PSD-SP), presidente do colegiado, a partir de uma lista tríplice eleita pelos demais integrantes do conselho. Não poderão concorrer parlamentares do mesmo partido nem do mesmo Estado do representado e da legenda que apresentou a representação.
A primeira tarefa do relator será fazer um parecer preliminar a favor ou contra a continuidade do processo. O processo contra Argôlo foi solicitado pelo PSOL.