terça-feira, 6 de maio de 2014
'Gordinhos' são vítimas preferenciais de bullying, revela pesquisa
Entre fatores que costumam provocar preconceito, o peso é um dos motivos mais comuns par a pratica do bullyng. Além de problemas causados por a criança pertencer a uma etnia ou raça, o preconceito também aproveita características físicas específicas, como peso, para desencadear problemas na autoestima. Segundo o estudo “Discriminação contra os estudantes obesos e muito magros nas escolas brasileiras”, os chamados magrinhos também sofrem com bullyngs. O estudo traçou o perfil antropométrico dos estudantes a partir da percepção deles sobre o próprio corpo, numa escala de características como “muito magro”, “magro”, “normal”, “gordo” e “muito gordo”. A pesquisa concluiu que os estereótipos “muito magro”, “gordo” e “muito gordo” são os alvos preferidos de perseguições: 11,3%, 12,1% e 23,7% das crianças inseridas nestas categorias, respectivamente, responderam sofrer bullying com frequência. Em relação às meninas, o cenário muda um pouco. De acordo com a pesquisa, as “muito gordas” e “muito magras” são as que sofrem mais, seguidas das “gordas”, com 17%, 12,6% e 8%, respectivamente. Outro dado da pesquisa é que a aparência física é o principal motivo de constrangimentos em 38,5%. A cor da pele (por incrível que pareça) vem bem atrás, com apenas 5,9% dos casos. Para Luis Claudio Kubota, economista do Ipea [Instituto de Pesquisas Aplicadas] e autor do estudo, os números mostram que obesos são sempre mais perseguidos no país, fenômeno explicado pela sociedade ocidental, que seria hostil ao estereótipo. Informações de O Globo.