Grande incentivador de Bacci na Record, Marcelo Rezende não esconde a tristeza por ter perdido o seu "Menino de Ouro". "Fiquei triste. Bacci é um baita companheiro, uma alegria só no convívio do dia a dia", disse o titular do "Cidade Alerta" em conversa exclusiva com o NaTelinha.
Ainda no bate-papo, Rezende fala sobre o sucesso do "Cidade Alerta" e dispara: "Quem disser que não liga para audiência está mentindo".
O apresentador também comentou sobre seu concorrente José Luiz Datena: "gosto muito dele, somos competidores e não inimigos".
E disse que, agora na Band, Luiz Bacci pode ser o substituto de Datena no "Brasil Urgente", já que ele quer se aposentar.
Confira a entrevista na íntegra:
NaTelinha - Você acha que Luiz Bacci fez uma boa escolha ao trocar a Record pela Band?
Marcelo Rezende - Como saber? Ele fez o que lhe pareceu melhor – É muito difícil de avaliar. Ele foi em busca de um sonho: programas de auditório e jornalismo. A Band deu uma tacada certa - Datena diz a todo instante que quer se aposentar e a Band buscou um nome a altura para substituí-lo. E vale lembrar que quando os dois se enfrentaram o Bacci sempre levou a melhor. Daí, a Band pode ter em uma só pessoa jornalismo e entretenimento.
NaTelinha - Qual foi seu sentimento ao ficar sabendo que o "menino de ouro" estava deixando a Record, casa onde teve grande crescimento, com sua importante colaboração?
Marcelo Rezende - Fiquei triste. Bacci é um baita companheiro, uma alegria só no convívio do dia a dia. Ele é o que eu disse desde o primeiro dia: um menino de ouro.
NaTelinha - Bacci disse que seu sonho era ter um programa de auditório. Você acha que ele saiu por que sentiu que na Record não teria esse oportunidade tão cedo? Acredita que ele foi impaciente?
Marcelo Rezende - Os espaços da Record estão ocupados por gente de grande empatia e competência. Quando ele olhou, imagino, não viu horizonte. Ninguém que parte em busca de um sonho pode ser chamado de impaciente.
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NaTelinha - Você é pressionado por audiência na Record? Como lida com isso?
Marcelo Rezende - Penso assim: o sujeito monta uma loja de carros para... vender carros; o outro monta um escritório de advocacia para... ganhar as causas. Televisão é um negócio como qualquer outro - tem que dar audiência, reflexo do reconhecimento do público. Quem disser que não liga para audiência está mentindo. A pressão é de todo lado, mas, principalmente, do próprio profissional. Mas como sempre diz o Boni: faz com qualidade que a audiência vem. É o que tento.
NaTelinha - Você tem dado praticamente dois dígitos no Ibope todos os dias há dois anos. Acha que o "Cidade Alerta" tem prazo de validade?
Marcelo Rezende - O "Cidade" é a vida como ela é. Refletimos um Brasil de desigualdades, grave violência social, desemparo dos cidadãos. Somos o olho da sociedade - seguramente por essa razão temos o respeito e o reconhecimento do cidadão em todos os cantos do país. Programas como o "Cidade Alerta" nascem para sempre.
NaTelinha - O que você pensa sobre seu concorrente de todos os dias, José Luiz Datena? Vocês frequentemente brigam por pautas exclusivas, inclusive com ataques no ar, principalmente vindos do lado da Band.
Marcelo Rezende - Jamais ataquei ou atacaria o Datena. Primeiro, porque gosto muito dele; segundo, porque somos competidores e não inimigos; terceiro, porque somos civilizados. Datenão é uma pessoa explosiva, mas do bem, de grande coração. Profissional de raro talento, mas há quase 20 anos fazendo o mesmo programa.
Entendo quando ele diz que está cansado, que quer mudar para outra área - será por parte da Band um reconhecimento e um agradecimento por tudo o que ele já fez comandando esse tipo de programa. A Band deveria abrir esse novo espaço para o Datenão, até porque agora tem o Bacci com gás suficiente para a empreitada. Fonte:Na Telinha
