reclamou o treinador. “A coxa do Neymar está deste tamanho.” Felipão chegou a colocar em dúvida a participação de seu camisa 10 na partida das quartas de final, contra a Colômbia, em Fortaleza, marcada para sexta-feira. “Teremos três ou quatro dias para tentar tratar dele, reduzir esse inchaço e ver se conseguimos colocá-lo no próximo jogo”, explicou Felipão, que deu folga aos jogadores até a noite de domingo (e pediu aos jornalistas que deixem seus atletas em paz nesse dia livre).
Mesmo sem ter repetido as atuações inspiradas da primeira fase, quando foi decisivo para o Brasil, o jovem craque segue em alta com o técnico depois da batalha deste sábado. “Neymar tem 22 anos, mas é experiente como se tivesse 35. É um jogador maduro, pronto. Ele lida com muita naturalidade com a falta de experiência que resulta de sua pouca idade”, avalia Felipão, que destaca a força mental do atleta para absorver a pressão e não se intimidar. “A trajetória de vida dele mostra que estava pronto desde os 17 anos. Ele é simples: gosta de jogar futebol, e é isso que ele quer fazer. Foi bater o último pênalti como se estivesse disputando uma pelada em Santos. Ele esquece se está batendo pênalti na Copa do Mundo ou na brincadeira com os amigos na praia.” Neymar recebeu cinco faltas na partida deste sábado. Tanto não se intimidou com o jogo de forte contato do Chile que ele próprio cometeu quatro infrações.
O craque ainda recuperou onze bolas para o Brasil, mostrando que sua importância não se restringe ao ataque – e revelando o quanto sua ausência pode pesar no encontro com os colombianos.