Depois de folgar na quarta-feira, a seleção brasileira volta aos treinos nesta quinta, na Granja Comary, com todas as atenções voltadas para o jogo decisivo da fase de grupos, contra Camarões, na segunda, em Brasília. A equipe africana não é tão forte quanto Croácia e México, obviamente – para muitos, trata-se do pior time da Copa do Mundo. Ainda assim, o time do técnico Luiz Felipe Scolari terá de mostrar mais serviço. Agora já não basta apenas vencer os camaroneses, ainda que uma vitória por qualquer placar garanta a vaga nas oitavas. Mais do que o resultado, a seleção procura seu melhor futebol, que ainda não apareceu no torneio. O Brasil vai precisar de um desempenho muito superior para eliminar Holanda ou Chile, os rivais possíveis na próxima fase – sem falar em outros oponentes duríssimos que podem aparecer pelo caminho, como Alemanha, Argentina e Itália. No dia de descanso, Felipão e sua comissão técnica tiveram tempo para avaliar a atuação da equipe contra o México, na terça, em Fortaleza. Os números do jogo dentro do banco de dados da Opta, líder mundial no registro detalhado dos grandes jogos do futebol internacional, mostram que a seleção precisa evoluir bastante em quesitos como posse de bola, precisão dos cruzamentos e passes e finalização das jogadas. Diante de um adversário extremamente combativo e aguerrido, o Brasil criou muito pouco, teve dificuldades para ditar o ritmo do jogo e, quando conseguiu suas oportunidades, desperdiçou todas. No segundo jogo, a posse de bola caiu em relação à estreia (de 60% para 53%), assim como o total de passes (de 451 para 384) e a precisão dos chutes (de 60% para 50%). Espera-se que os jogadores tenham aproveitado bem o dia livre – nesta quinta, em pleno feriado, há muito trabalho a ser feito em Teresópolis
Fonte:Veja(Giancarlo Lepiani, de Fortaleza)