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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sábado, 28 de junho de 2014

Sem sexo em casa

A questão da semana é o caso da internauta cujo marido nunca quer fazer sexo. Ela não sabe se o abandona ou arranja um amante. Não tenho dúvida de que o sexo no casamento é o maior problema enfrentado pelos casais.

Todos os dias, os sete bilhões de habitantes do planeta mantêm 120 milhões de relações sexuais. Numa pesquisa o sexólogo colombiano Heli Alzate concluiu que 99% das relações sexuais de um casal, durante sua vida conjugal, são para a busca do prazer. Embora, muito diferente de outras épocas, em que a função do sexo no casamento era a reprodução, em grande parte dos casos esse prazer não é encontrado.

Durante um longo período, o casamento visou apenas à união econômica e política das famílias, nunca tendo sido considerado lugar de amor. Acreditava-se que era algo muito sério para se misturar a emoções tão fugazes. Por isso marido e mulher eram proibidos de se lançarem um ao outro com ardor.

No século 12 havia o consenso de que entre o casal poderia haver estima, mas nunca amor, porque o amor sensual, o desejo, o impulso do corpo seria a perturbação, a desordem. Contudo, as mulheres não podiam se esquivar do dever conjugal e deveriam, portanto, se dobrar às exigências do marido.

A ausência de desejo no casamento só passou a ser problema quando, recentemente, o amor e o prazer sexual se tornaram primordiais na vida a dois e se criaram expectativas em relação a isso. Jornais, revistas e programas de TV fazem matérias, tentando encontrar uma saída para a falta de desejo sexual no casamento. Como resolver a situação de casais que, após alguns anos de vida em comum, constatam decepcionados terem se tornado irmãos?

Alguns dizem que é necessário quebrar a rotina e ser criativo, o que não passa de um equívoco. É o desejo sexual intenso que leva à criatividade, e não o contrário. Quando não há tesão, a pessoa só quer mesmo dormir. Outros dão sugestões concretas: ir a um motel, viajar no fim de semana, visitar uma sex-shop. Contudo, quem se angustia com essa questão sabe que as sugestões apresentadas de nada adiantam. Desejo sexual não se força, existe ou não.

Ao contrário do que pensam alguns internautas que comentaram a questão, não significa que a mulher tenha naturalmente menos desejo sexual que o homem. Estudos recentes mostram que a sexualidade de ambos os sexos é fisiologicamente parecida. Assistindo a um filme com estímulos sexuais, a vagina fica tão intumescida quanto o pênis.

Apesar de a maioria das mulheres desejarem relacionamentos românticos, pesquisas do sexólogo americano Jack Morin mostraram que quando se trata de produzir excitação sexual, o sexo explícito é o que deixa as mulheres com mais desejo, como acontece com os homens.

Mas o número de homens que perdem o desejo sexual no casamento é bem menor do que o de mulheres. Para cada homem que não tem vontade de fazer sexo há, pelo menos, três mulheres nessa situação. Alguns fatores podem contribuir para isso.

Em primeiro lugar, o homem, na nossa cultura, é estimulado a iniciar a vida sexual cedo e se relacionar com qualquer mulher. Outra razão seria a necessidade de expelir o sêmen e, por último, a sua ereção seria mais rápida do que a da mulher, na medida em que necessita de menos quantidade de sangue irrigando seus órgãos genitais.

Mesmo que os dois se gostem, a rotina, a excessiva intimidade e a falta de mistério acabam com qualquer emoção. Busca-se muito mais segurança que prazer. Para se sentirem seguras, as pessoas exigem fidelidade, o que sem dúvida é limitador e também responsável pela falta de desejo.

A certeza de posse e exclusividade leva ao desinteresse, por eliminar a sedução e a conquista. Familiaridade com o parceiro, associada ao hábito, podem provocar a perda do desejo sexual, independente do crescimento do amor e de sentimentos como admiração, companheirismo e carinho.

Não é necessário dizer que existem exceções, e que em alguns casais o desejo sexual continua existindo após vários anos de convívio. Mas não podemos tomar a minoria como padrão. O que fazer então? Penso que está mais do que na hora de homens e mulheres refletirem a respeito do modelo de casamento vivido na nossa cultura, se quiserem viver com mais satisfação e prazer.Fonte:Uol