A presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) têm, cada um, o apoio de 13 candidatos a governador que lideram as pesquisas em seus respectivos Estados.
Em 2 casos, o partido do líder nas pesquisas abre seu palanque tanto para Dilma quanto para Aécio. Isso ocorre no Mato Grosso, com Pedro Taques (PDT), e no Maranhão, com Flávio Dino (PC do B).
Eduardo Campos tem 2 candidatos favoritos ao seu lado, mas nenhum desses apoios é exclusivo. O pessebista está no palanque de Dino, compartilhado com Aécio e Dilma, e no de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, dividido com Aécio.
Dino é o mais ecumênico entre os candidatos favoritos nesta eleição. Sua campanha serve aos 3 postulantes à Presidência da República. Por enquanto, é um caso único de candidato favorito na disputa de um governo estadual.
Esse levantamento foi feito com base em pesquisas de intenção de voto disponíveis em 25 das 27 unidades da Federação, todas compiladas por este Blog –que mantém a maior página com pesquisas eleitorais da internet brasileira, com dados desde o ano 2000. Em alguns casos, os candidatos em primeiro lugar estão empatados com o segundo colocado, dentro da margem de erro das pesquisas.
Se forem considerados os candidatos competitivos (aqueles em 1º lugar mais os que estão em 2º lugar com chance de ir ao 2º turno), Dilma contabiliza 21 palanques nos Estados.
Aécio, pelo mesmo critério, tem canal aberto com 16 candidatos competitivos nos Estados. Campos tem o apoio de 7 nomes competitivos.
A quantidade de apoios nos Estados não atesta, em si, uma vantagem absoluta, pois o impacto depende do tamanho do eleitorado. E depende também da chance real que cada um deles terá daqui para a frente, que é quando começa a campanha de fato.
Eleitorado
Aécio tem o apoio de candidatos em 1º lugar nas pesquisas de Estados que somam 84,1 milhões de eleitores.
Já Dilma é apoiada por candidatos favoritos em Estados com 61,7 milhões de eleitores.
A vantagem do tucano sobre a petista decorre de seu correligionário Geraldo Alckmin, líder no Estado de São Paulo, o maior eleitorado do país (31,8 milhões). Ainda assim, a situação do PSDB de São Paulo é incerta e o apoio de Alckmin a Aécio terá ainda de ser comprovado ao longo da campanha.
É necessário considerar também que Dilma Rousseff pode voltar a se aproximar em São Paulo do segundo colocado, Paulo Skaf, que é do PMDB, sigla que a apoia nacionalmente. Skaf tem se mantido neutro por enquanto sobre a disputa nacional, pois ficou irritado com o apoio explícito do Planalto ao candidato do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha, cuja pontuação é muito baixa nas pesquisas.
Aécio também tem ao seu lado Paulo Souto (DEM), favorito no momento na Bahia, com o 4º maior eleitorado (10,1 milhões).
Dilma tem o apoio de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais, o 2º maior eleitorado (15,1 milhões), e o de Anthony Garotinho (PR) no Rio de Janeiro, 3º maior (12 milhões). São vantagens ainda frágeis e que só poderão ser mais bem avaliadas ao longo da campanha. Em Minas Gerais, a expectativa é que a máquina do PSDB trabalhe forte para derrotar Pimentel. No Rio, Garotinho tem a liderança numérica, mas está tecnicamente empatado com o 2º e com o 3º colocados.
Eduardo Campos tem entrada em palanque de candidatos líderes em Estados que somam 36,2 milhões de eleitores. O número expressivo explica-se pelo apoio do PSB a Alckmin, em São Paulo. Os dados do eleitorado são de abril de 2014.
Quando se consideram apenas os candidatos que estão em primeiro lugar isolados nas pesquisas (fora da margem de erro dos levantamentos de intenções de votos), Dilma Rousseff tem o apoio de 11 candidatos a governador nessas condições. Aécio Neves, 10. E Eduardo Campos, 2.
Fonte:Uol (Bruno Lupion)
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