quinta-feira, 31 de julho de 2014
'Seja o resultado que for nesta eleição, vou trabalhar pela reforma política', afirma Rousseff
“A Bahia precisa continuar sendo esse suporte do governo federal para aprofundar a política de distribuição de renda”, afirmou a presidente da República e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), em entrevista à rádio Metrópole, nesta quinta-feira (31). A petista defendeu a continuidade da política assistencialista no estado, além de apostar no aumento da geração de empregos para os baianos. “Vamos continuar com o Bolsa Família, os demais programas sociais. Precisamos ampliar o número de empregos na Bahia. Para isso é fundamental infraestrutura”, ponderou. De acordo com a postulante, um dos pontos chaves do próximo governo é a reforma urbana. “Nós estamos investindo 5,9 bilhões de reais em reforma urbana. Uma cidade [Salvador] que levou 14 anos para fazer o metrô... A prioridade é concluir a Linha 1, como o trecho 2. Além disso, nós também queremos a construção do trecho três. Essa questão da mobilidade é essencial para nós. Eu tenho uma especial atenção pelos corredores transversais. São muitos investimentos nessa área” e voltou a citar a rótula soteropolitana, que apelidou de “rótula do quiabo”. “Eu sempre pensei que a rótula do Abacaxi era porque era uma situação que se vendia essa fruta naquele local mas, era uma situação muito complicada”, disse. Quando o assunto foi segurança pública, Dilma lançou mão da ação “bem sucedida” durante a Copa para projetar. “Temos hoje um grande legado da Copa. Essa integração é o grande legado que levamos da copa na área da segurança pública. As reuniões com secretários de todo o Brasil criou diretrizes para isso”, justificou. Ainda entre os planos de Rousseff para a Bahia estão a conclusão da ferrovia Oeste-Leste e o prosseguimento de ações para investir em infraestrutura. “A Bahia vai virar um polo naval. Um polo que vai produzir tanto plataformas, como navios. A Bahia tem uma localização extremamente estratégica”, prospectou. A presidente criticou o andar da oposição durante o mundial e, agora, durante a campanha. “Os momentos que antecederam a Copa são absurdos. Ele tem um apelo pré-eleitoral forte. No caso da Copa, nós fizemos um trabalho imenso para fazer uma boa copa. No final do ano passado e no início desse se falava em um racionamento de energia. Com quatro anos fiz o dobro de linhas de transmissão. Juntando com o que fez o presidente Lula, nós aumentamos em mais de 60% essas linhas. Não tem racionamento. Há hoje, de forma deliberada, um processo de forças negativas. Na Copa chegaram a dizer que os estádios só ficariam prontos em 2038. Mas, a gente trabalha e ‘a verdade vai vencer o pessimismo’”, repetiu o slogan de campanha. E finalizou apostando na reforma política. “O Brasil precisa de reforma política antes dos 20 anos que dizem serem mínimos necessários para acontecer. Esta eleição, seja o resultado que for eu vou trabalhar para a reforma”, arrematou.