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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

sábado, 26 de julho de 2014

Valdomiro Silva:"Os dois encontros mais marcantes de minha vida"

No curso de uma vida, longa como espero seja a minha, provocamos em algumas pessoas momentos que marcam a nossa existência. A expressão se manifesta, nessas raras ocasiões em que conseguimos fazer alguém feliz, das mais diversas formas. Às vezes, um simples olhar é suficiente para demonstrar a gratidão, a alegria e o prazer. Obviamente, quando esse reconhecimento acontece de uma maneira vibrante (desde que verdadeira), a sensação de quem recebe este gesto é extraordinária.

O olhar de aprovação e de alegria geralmente provoca no outro uma contemplação igualmente profunda. Embora não exista aí uma manifestação explícita, isso não diminui valor do sentimento, quando legitimo. Mas a explosão em forma de abraço, da voz que se faz ouvir com toda a força, o grito de felicidade, seu nome sendo chamado efusivamente, o êxtase incontido, sem dúvida nenhuma, é capaz de provocar uma reação ainda mais maravilhosa na nossa máquina de emoções.

Nesta minha caminhada de quase meio século de vida (vou logo avisando: me sinto com a juventude de um quarto de século, apenas), entre tantas reações de satisfação que, graças a Deus, consegui provocar em algumas pessoas, duas dessas experiências, com certeza, são inesquecíveis e vão ficar na minha memória para sempre.

A primeira delas aconteceu há mais de 20 anos e teve como personagem a minha avó Felipa. Ela se encontrava em Salvador, onde fazia tratamento de saúde. Sua hospedagem era um abrigo que a Prefeitura de Valente mantinha (não sei se ainda oferece este serviço) para cidadãos daquele município que necessitavam de lugar para permanecer na capital em razão de atendimento médico prolongado.

Dindinha, como a maioria dos seus netos a chamava, estava ansiosa por voltar para a sua Queimadas do Curral. Havia dificuldade de transporte, creio. Comunicado do problema, eu deixei Feira de Santana, em uma tarde de quinta ou sexta-feira, não me recordo, em meu Fusca branco, em direção a Salvador, sem saber direito o endereço da casa onde minha avó estava. Meu amigo e vizinho de prédio, Alberto, dirigiu para mim (eu era um motorista meia boca e, de Salvador, não conhecia nada).

A luta para conseguir encontrar o lugar demorou mais de uma hora e meia. Finalmente chegamos lá. A minha avó estava ali havia uns dois meses, coitada. Finalizado o tratamento, estava louca para voltar a cuidar da roça da família no “Bandeira”, a uns cinco quilômetros de Queimadas do Curral. Quando me viu, aprumou o comprido cabelo de índia, arregalou os olhos azuis (sim, era mestiça de olhos bem azuis), mas de início não me reconheceu. Momentos depois, a exclamação: “É Mirin?” E eu, “sim, dindinha, vamos embora”. Ela não sorriu. Mas o seu olhar de alívio e felicidade invadiu o meu coração.

Hoje, precisamente hoje, ocorreu a segunda reação de alegria mais marcante de toda a minha vida. A protagonista é a minha neta, Liv, de quatro anos apenas. Convidado para a comemoração do Dia dos Avós, em sua escola, Olavo Bilac, ali cheguei, com meia hora de atraso, no exato momento em que a professora anunciava: “Avó de Liv, apresente-se...”. Eu ainda estava no portão. Quase arrombava tudo para entrar. Deu tempo, ufa!

Assim que entrei, a professora-apresentadora, que me reconheceu, anunciou: “e agora, o vovô de Liv...”. Ela não esperava mais que eu chegasse, achava que eu não estava ali mas mesmo assim, me procurou. Seus olhos aguçados percorreram rapidamente o espaço e logo me encontraram.

Naquele momento, vivi o segundo encontro mais emocionante de minha vida. Ela imediatamente correu de onde estava com os coleguinhas, me abraçou e me encheu de beijos. Repetiu o gesto pelo menos umas três vezes (não foi isto mesmo, vovó Emília?).

Saia do grupo, me abraçava, retornava. Fazia coraçãozinho com as mãos. Mandava beijos. Tenho três filhos. Com todos eles, situações semelhantes ocorreram várias vezes. Este encontro com a minha netinha Liv, no entanto, foi especial. Sua atitude me estimula, ainda mais, a valorizar a vida. Não quero, jamais, que seus olhos me procurem em vão.Texto:Jornalista -Valdomiro Silva