terça-feira, 19 de agosto de 2014
Lula ouve o aviso em forma de choro: até um bebê de colo acha que oportunismo tem limite
Os políticos presentes ao velório de Eduardo Campos cumprimentaram com sobriedade a viúva, sussurraram duas ou três palavras de consolo a algum parente que estivesse por perto e saíram do foco das câmeras. Os limites da circunspecção foram respeitados por todos ─ com uma única e previsível exceção. Lula, vaiado na chegada, não perdeu a chance de produzir uma imagem que sugerisse um alto grau de intimidade (que nunca existiu) com a família do morto.
Ao topar com Renata Campos, o palanque ambulante capturou o caçula Miguel, até então posto em sossego nos braços da mãe, e posou para os fotógrafos beijando a testa do garotinho de sete meses. O truque eleitoreiro resultaria numa cena e tanto se o pequeno coadjuvante não tivesse rasgado o roteiro: assim que foi levantado por Lula, Miguel caiu no choro. Até bebê de colo acha que oportunismo tem limite.Fonte:Coluna do Augusto Nunes(Veja)