A equipe de peritos que trabalha na área em que caiu a aeronave que transportava o candidato à Presidência Eduardo Campos e mais seis pessoas, na cidade de Santos (SP), localizou na noite desta quarta-feira a caixa-preta do jato em meio aos destroços. O material será analisado pela Aeronáutica – investigações de acidentes aeronáuticos são conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Não há prazo para conclusão da perícia.
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar as causas do acidente aéreo. Em outra frente, o delegado da Polícia Civil Aldo Galiano, que comanda a equipe de buscas, afirmou que a equipe de resgate vasculha dezesseis áreas diferentes em Santos. A identificação dos corpos será feita por meio de análise de DNA.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave, de matrícula PR-AFA, modelo Cessna 560XL, com capacidade para 12 pessoas, estava com o Certificado de Aeronavegabilidade em dia e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) válida. O jato foi fabricado em 2010 e não há registro de acidentes envolvendo o avião.
Ainda de acordo com a Anac, os pilotos que conduziam a aeronave acidentada, Marcos Martins (comandante), de 42 anos, e Geraldo Magela Barbosa da Cunha (copiloto), de 44 anos, estavam com a licença e com as habilitações válidas. Os dois possuíam, no mínimo, 1.500 horas de voo, por possuírem licença de Piloto de Linha Aérea.
Acidente – O jato decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, às 9h21, e perdeu contato por volta das 10h. Segundo o Comando da Aeronáutica, a aeronave seguia para o Guarujá (SP), mas, quando se preparava para pouso, arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.
Além de Campos, também morreram no acidente Pedro Valadares Neto, ex-deputado e assessor particular do candidato; Carlos Augusto Percol Filho, assessor de imprensa; Marcelo de Lyra, cinegrafista; e Alexandre Severo, fotógrafo. As outras duas vítimas são os pilotos da aeronave Geraldo da Cunha e Marcos Martins.