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A BIBLIA É A PALAVRA DO DEUS VIVO JEOVÁ.

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DISSE JEOVÁ DEUS: Pois Jeová falou: "Criei e eduquei filhos, Mas eles se revoltaram contra mim. O touro conhece bem o seu dono, E o jumento, a manjedoura do seu proprietário; Mas Israel não me conhece, Meu próprio povo não se comporta com entendimento.” Ai da nação pecadora, Povo carregado de erro, Descendência de malfeitores, filhos que se corromperam! Abandonaram a Jeová".Isaías 1:1-31

domingo, 28 de setembro de 2014

Pelo menos 80 candidatos baianos têm nomes no mínimo bem fora do comum

Abelhinha, Jane do Lanche, Falamansa, Zé do Saco, Cara de hambúrguer, Law Love Beat, Alemão, Tonzé da Bahia, Loteba, Zó, Cláudio Irmão do Axé. Não se trata de algum quebra-cabeça: estes nomes são apenas alguns dos mais inusitados que tem sido utilizados entre os 672 candidatos que almejam ocupar uma das 63 vagas da Assembleia Legislativa da Bahia.

Nessa disputa árdua, o cidadão baiano tem apostado na criatividade, carisma, simpatia  e em sua capacidade de conquistar eleitores através das mais variadas formas. A começar pelo nome, que pode ser referência a um apelido de infância ou de profissão, mas sem deixar passar o bom humor.

No site DivulgCand 2014, do Tribunal Superior Eleitoral,  é possível encontrar todos os registros de candidatura no Brasil e na Bahia.

Do universo de candidatos pelo menos 80 apresentam nomes esquisitos. Se todos estes postulantes com identificações engraçadas conquistam os eleitores, não se sabe. Mas alguns já ganharam a simpatia de uma parte do eleitorado baiano, como a primeira parlamentar transexual de Salvador, Leo Kret do Brasil, que hoje disputa vaga na Assembleia. Leo foi eleita vereadora em 2008, com a quarta maior votação, reunindo 12.861 votos na capital baiana.

A Bahia, no entanto, não é o único estado com candidatos de nomes e perfis engraçados. São Paulo e Curitiba estão recheados deles. Lá, o eleitor pode escolher votar em Clark Kent, Mestre Drácula, Neymar Cover, Jesus e até mesmo em Osama Bin Laden para entrar na casa legislativa paulista.

Para o historiador político e professor da UFBA, Carlos Zacarias, a variedade de apelidos demonstra um avanço da Justiça Eleitoral e afirma que tais “Eles têm expectativas que eles sejam facilmente assimilados e isso se comprovou como verdade. Leo Kret, por exemplo, tem um nome. Esses candidatos simplesmente entendem que os apelidos facilitam o acesso, são engraçados. Lula quando foi candidato em 82, não podia usar o nome Lula. Ele teria que botar o apelido no nome”, recordou.

Segundo o especialista, a permissão de que os postulantes utilizem termos inusitados apenas entendeu a tradição brasileira de chamar o outro pelo primeiro nome ou apelido.  “A informalidade não quer dizer menor respeito, é um avanço se inscrever como nome que quiser. Em contrapartida é triste que as pessoas votem por causa do apelido engraçado e tenham tão pouco conhecimento de política para votar apenas pelo nome que fixou”, acrescentou.

Protestos – No site DivulgCand 2014, do Tribunal Superior Eleitoral,  o eleitor pode ver também informações dos candidatos desde declaração de bens, aos processos que respondem e os limites de gastos. O candidato  Piu, do PEN, por exemplo, é policial militar e declarou como seu bem próprio uma moto Honda no valor de R$ 3 mil. Já André Cobrador, postulante pelo PMN, é cobrador de ônibus e declarou bens de R$ 70 mil – sua casa.

Votar em candidatos inusitados como estes, podem, segundo o historiador político Carlos Zacarias, representar dois tipos de protesto. “Tem dois tipos de protesto. O mais elaborado, que é da pessoa que vota independentemente do saber se seu candidato vai ganhar. Este voto é consciente de que o candidato apresenta uma opção. E o outro tipo de voto de protesto é digamos inconsciente. Tá descontente com tudo, tem pouco apreço pela política, é obrigado a dar seu voto e vota em qualquer um. É uma forma de protestar porque  é negar a formalidade e a seriedade.  Então, não deixa de ser um tipo de protesto, nas com uma consequência diferente do primeiro voto de protesto”, explica.

Já o sociólogo George Almeida acredita que a obrigatoriedade do voto no Brasil ainda permanece sendo motivo para a indignação do eleitor. “Ele se sente obrigado e vota em qualquer um, pois não acredita que algo vá mudar”.Fonte:Tribuna da Bahia