terça-feira, 16 de setembro de 2014
Ronaldinho ignora ofensa racista de político e ri de episódio no México
Chamado de "macaco" por um político mexicano na última semana, Ronaldinho Gaúcho não deu bola para a ofensa racista e se limitou a rir do episódio junto aos companheiros em treinamento dos Gallos Brancos de Querétaro, clube que agora defende no México. De acordo com o lateral Yasser Corona, o atacante ignorou o ocorrido e não polemizou. Pelo contrário, limitou-se a rir do ocorrido.
"Treinávamos com Dinho e ele somente riu. (Disse) que já havia passado por experiência como essa em outras partes do mundo e que não dá nada. Levou da melhor maneira possível", explicou o jogador, de acordo com o jornal Publimetro. De acordo com Corona, o elenco ficou indignado com os comentários de Carlos Manuel Treviño, político que desabafou em postagem no Facebook.
Preso no trânsito nos arredores do estádio do Querétaro no dia da chegada de Ronaldinho, Treviño reclamou da importância que se dá ao futebol e afirmou: "tudo isso por um macaco. Um brasileiro, mas um macaco. É um circo ridículo". Na segunda-feira, via Twitter e por carta, ele se desculpou pelo ocorrido e afirmou que tem respeito pelo brasileiro "como jogador e como pessoa".
Em entrevista à TV Milênio, Treviño negou que seja racista, disse que a declaração não foi planejada, mas fruto de um momento de irritação, e afirmou que a polêmica afetou sua família de forma profunda. "Posso assegurar com toda certeza: racista, jamais; intolerante, sim. Foi um momento difícil para mim. Fui muito intolerante e reconheço", apontou.