A presidente da ONG Instituto Brasil Dalva Sele Paiva, militante histórica do PT na Bahia, revelou mais nomes de petistas baianos no suposto desvio milionário de verbas públicas para campanhas no PT estado.
Em nova reportagem, a revista Veja afirma que, além do candidato ao governo da Bahia pelo PT, Rui Costa, do senador Walter Pinheiro (PT), dos deputados Afonso Florence (PT) e Nelson Pelegrino (PT), a ex-dirigente citou como beneficiados do esquema apelidado de “mensalinho baiano”, o ex-secretário estadual de Saúde e candidato a deputado federal, Jorge Solla (PT); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o ex-deputado petista Zezéu Ribeiro; o ex-superintendente de Educação da Bahia, Clóvis Caribé; e a deputada estadual e ex-presidente da Conder, Maria Del Carmen (PT).
Presidente da Conder entre 2007 a 2009, Del Carmem afirmou, em entrevista ao Bocão News, que não houve irregularidades no processo durante sua gestão, e que o Instituto Brasil realizou todas as prestações de contas devidas. A parlamentar petista só não soube informar os valores do convênio e tampouco quis comentar sobre a possível fraude de notas fiscais.
Segundo a semanal, o esquema milionário montado pelo PT da Bahia para desviar recursos de programas sociais para campanhas eleitorais de petistas baianos será investigado por uma força tarefa do Ministério Público Estadual. “Procuradores e promotores vão reabrir o caso que tem como alvo o Instituto Brasil, uma ONG criada por petistas para camuflar a atuação do grupo criminoso”, diz a reportagem.
Conforme a publicação, a fraude chegou a movimentar R$ 50 milhões desde 2004. Nas eleições municipais de 2008, quando a entidade foi escolhida pelo governo baiano para construir 1.120 casas populares destinadas a famílias de baixa renda, os recursos – R$ 17,9 milhões – saíram do Fundo de Combate à Pobreza. Desse total, Dalva Sele afirma que desviou R$ 6 milhões para campanhas do PT: "Quem definia os que receberiam dinheiro era a cúpula do PT. A gente distribuía como todo mundo faz: sacava na boca do caixa e entregava para os candidatos ou gastava diretamente na infraestrutura das campanhas, como aluguel de carros de som e combustível", afirmou a ex-dirigente, em entrevista à Veja.
Solla, Zezéu e Caribé não foram localizados pelo site até o fechamento da reportagem.
Fonte:Bocão Nwes