Um levantamento do Fórum Econômico Mundial mostrou que a diferença de salários entre homens e mulheres no Brasil aumentou. No Índice Global de Desigualdade de Gênero deste ano, 2014, o Brasil perdeu nove posições, ao passar da 62ª colocação para 71ª entre 142 nações. Na América Latina, o Brasil está na 15ª posição entre as 25 nações no índice.
Segundo o estudo, a renda média das mulheres no Brasil é estimada em 10.820 dólares enquanto a dos homens, em 18.402 dólares, ou seja, o salários masculino é 70% maior do que o feminino. Isso, mesmo considerando que mais da metade das empresas brasileiras (59%) têm participação feminina em seu controle acionário. Em 2013, a renda média estimada era de 9.055 dólares para mulheres e 14.857 dólares para homens. No ano passado, os homens ganhavam 64% a mais que as mulheres, considerando esse salário médio, mas porcentual era menor do que o visto em 2014.
O relatório leva em conta quatro variáveis principais: participação econômica (salários, oportunidade e liderança), educação (básica e avançada), capacitação política (representação nas estruturas de tomada de decisão) e saúde e sobrevivência (expectativa de vida e coeficiente sexual).
É interessante notar que o Brasil vai mal no campo que a presidente reeleita, Dilma Rousseff, se destacou: política. Na lista de participação política da mulher, o Brasil está no 74º lugar. No mercado de trabalho, o país caiu de 76ª para a posição 81ª em participação feminina.
O Brasil está no grupo de países que investiram na educação das mulheres, mas não removeram barreiras para a maior participação no mercado de trabalho. Nesse grupo estão também Japão, Chile e Emirados Árabes.