segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Para Wagner, Aécio não tem apreço pelo trabalho e não pode dar aula de ética
Depois de ter ajudado a eleger o sucessor Rui Costa (PT), o governador Jaques Wagner (PT) fez duras críticas ao adversário de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, Aécio Neves (PSDB). Questionado pela Folha de S. Paulo sobre o uso do escândalo da Petrobras na campanha antipetista, ele diz que a oposição tenta fazer palanque com o tema da corrupção. “Não reconheço em Aécio Neves alguém que possa dar aula de ética. O povo sabe que tem santo e diabo em todos os partidos. No meu e nos outros. Ninguém ganha eleição dizendo 'sou honesto'. Até porque ninguém acredita”, diz. Wagner reconhece que o grande erro do PT no poder foi não ter tido “mais pulso para fazer a reforma política”. Ele diz que a mudança da máquina eleitoral passa pelos fins da reeleição e da barganha do tempo de TV. A estratégia de ataques contra a ex-candidata Marina Silva (PSB) adotada pelo PT teve no primeiro turno, teve o tom errado, segundo Wagner. “Marina é uma mulher do bem, que se move na política por ideais, não por mesquinharia”, defendeu. O governador baiano diferencia a trajetória de Marina com a de Aécio e diz que tudo que ele faz é incentivar o antipetismo. “Ele é herdeiro, não construiu uma caminhada”, acusa. Wagner elogia o governo do sucessor de Aécio no comando do estado de Minas Gerais, o agora senado eleito Antônio Anastasia (PSDB), e critica a administração do candidato à presidência. “Quem pensou em choque de gestão não foi Aécio. Estava no Rio passeando. Para sentar na cadeira de presidente tem que trabalhar muito. E ele não tem muito apreço pelo trabalho”, afirma.