"Seguramente, mais de dez ou quinze ministros já apresentaram. Foi uma sugestão minha, da Miriam Belchior e do José Eduardo Cardozo. É uma formalidade, um gesto de gentileza. Faz quem quiser. É uma forma de mostrar esse espírito de governo novo, equipe nova", disse Mercadante nesta quarta-feira. Ele próprio deixou o cargo nas mãos de Dilma, apesar de ser presença certa no próximo mandato.
Dentre os ministros que entregaram o posto, estão Mauro Borges (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Marcelo Néri (Secretaria de Assuntos Estratégicos). Manoel Dias (Trabalho) vai comunicar formalmente sua decisão no dia 18, quando Dilma retornar do encontro do G-20 na Austrália.
Mal-estar – A única a deixar o cargo imediatamente, contudo, foi Marta Suplicy, que comandava a Cultura e surpreendeu o governo ao pedir demissão na segunda-feira com críticas à condução econômica do governo. Os demais ministros permanecerão no cargo até que Dilma decida se irá substitui-los no segundo mandato.
A carta de demissão da petista não era aguardada por Dilma, que calculava para a semana que vem o início das trocas na equipe. Para dar um tom de naturalidade às trocas, a Casa Civil recomendou que outros integrantes da equipe ministerial antecipassem a decisão de colocar o cargo à disposição.
