A Coreia do Norte acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de agir como "um macaco numa floresta tropical", em mais uma crítica pelo lançamento do filme "A Entrevista", e culpou o governo norte-americano pela interrupção da internet no país.
A decisão de cancelar o lançamento foi fortemente criticada, inclusive por Obama, sob o argumento de que a liberdade de expressão estava sob ameaça.
Em comunicado divulgado no sábado (26), o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional norte-coreana criticou fortemente os EUA pelo "filme desonesto e reacionário que fere a dignidade da liderança suprema da Coreia do Norte e provoca terrorismo". Segundo o documento, Obama é "o principal culpado que forçou a Sony Pictures Entertainment a distribuir indiscriminadamente o filme", chantageando cinemas nos EUA.
"Obama é sempre imprudente em palavras e atos, como um macaco numa floresta tropical."
A grande dificuldade de Kim Jong-un é que "A Entrevista" - que apresenta o líder norte-coreano como um bobo maligna e vão - tem sido amplamente visto como engraçado e perspicaz, disse o correspondente da BBC em Seul, Stephen Evans. Se ativistas contrabandearem o filme para a Coreia do Norte em pen-drives, como já fazem com outros filmes, o longa poderá revelar-se bastante poderoso, disse Evans.
O ataque
A comissão norte-coreana também acusou Washington de, "sem fundamentos", responsabilizar a Coreia do Norte pelo ataque virtual à Sony.
Inicialmente, a Sony Pictures havia cancelado a estreia do filme, após sofrer um ataque cibernético sem precedentes de um grupo que se autodenomina Guardiães da Paz. Os hackers que invadiram a Sony também ameaçaram atacar cinemas que exibissem o filme.