quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Ex-gerente da Petrobras que teria denunciado irregularidades pede indenização por assédio moral
Ex-gerente da Petrobras, Venina Fonseca, entrou com uma ação na Justiça trabalhista na qual pede uma indenização da empresa por assédio moral e por supostos cortes ilegais em seu salário. A executiva diz ter informado a presidente da estatal, Graça Foster, sobre irregularidades na refinaria Abreu e Lima e em serviços de comunicação desde 2009 – que, atualmente, são investigadas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Venina era diretora-executiva da Petrobras em Cingapura até este mês, quando uma comissão interna apontou problemas de “não conformidade” em contratos pelos quais ela seria responsável. Segundo os advogados da ex-gerente, o salário de sua cliente passou de R$ 69,1 mil para R$ 24,2 mil brutos, o que representaria um corte ilegal dos benefícios que ela receberia há mais de dez anos. O pedido de indenização cita, ainda, dois casos que seriam caracterizados como assédio moral. A geóloga afirma ter sido enviada para Cingapura como retaliação pelas acusações que fez e que, ao chegar lá, teria sido impedida de trabalhar. O mesmo teria ocorrido quando, ao voltar para o Brasil, Venina foi supostamente colocada em uma sala da sede da empresa no Rio de Janeiro sem telefone ou computador. De acordo com a Folha de S. Paulo, Graça Foster disse na última segunda (22) que Venina ganhava cerca de R$ 167,3 mil mensais quando estava em Cingapura – enquanto a presidente da estatal recebeu, em média, R$ 158,3 mil mensais em 2013. Além disso, refutou as acusações de assédio moral e disse que a executiva foi trabalhar na Ásia por vontade própria. Em nota, a Petrobras afirmou que não foi intimada pela ação trabalhista.