quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Marcell vê benefício a projeto contra sacríficio de animais em atos religiosos
O vereador e deputado eleito Marcell Moraes (PV) defendeu nesta terça-feira (2) que o decreto assinado na semana passada que regulamentou a lei que pune quem não der correta destinação ao lixo “beneficiou indiretamente” outro projeto proposto por ele em abril do ano passado, que proíbe o sacrifício ou mutilação de animais durante atos religiosos. A proposição foi alvo de polêmica entre os integrantes de religiões de matriz africana e do movimento negro. Da Lei nº. 8.512, Marcell destacou inciso XV do artigo 7º da Lei nº 8.512, que institui o programa, veta a colocação de animais ou parte de animais mortos nos logradouros da capital, com multa que varia entre R$ 64 a 1.008 reais. O edil informou que deve reapresentar seu projeto ao assumir sua cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). "Não tenho nenhum problema com as religiões de matrizes africanas. Durante a minha campanha, inclusive, recebi apoio do maior terreiro de Candomblé de Cajazeiras. Fico feliz com a proibição da matança explícita de animais nas ruas de Salvador. Todo mundo achava bonito criar passarinho em gaiola, animais de circo e galos de briga. Há a tendência de mudança. Daqui a 20 ou 30 anos, a ausência dos sacrifícios será uma coisa comum. Entendemos que, na prática do exercício da religiosidade, não há a necessidade de que animais indefesos sejam sacrificados ou mutilados para que deuses venham agir para trazer benefícios pessoais, espirituais ou materiais a quem quer que seja", argumentou.