Em março deste ano, quando poucos imaginavam que a negociata em Pasadena seria reduzida a roubalheira de aprendiz pelas descobertas bilionárias da Operação Lava Jato, o post agora reproduzido na seção Vale Reprise recordou alguns episódios que precederam a aplicação do conto da Petrobras Maravilha. O elenco liderado por vigaristas de nascença foi engrossado por coadjuvantes que desempenharam com muita aplicação o papel de nacionalistas de galinheiro. A farsa sobreviveu a disputas eleitorais, CPIs, operações da Polícia Federal, advertências do Tribunal de Contas da União, denúncias de funcionários ─ tudo. Mas nenhum embuste dura para sempre.
A leitura do texto de março é essencial para a compreensão dos capítulos que vão desenhando o desfecho. Como se verá nos posts seguintes, os canastrões que protagonizaram a marcha rumo ao penhasco, a julgar pelo que seguem recitando no palco, ainda ignoram o que já está definido no roteiro (ou fingem ignorar, o que dá no mesmo). Também será demonstrado que o Petrolão será eternizado na história do faroeste à brasileira por duas singularidades. Nunca houve uma superprodução desse porte. E pela primeira vez numa obra do gênero, também os chefes do bando de gatunos, quem diria, serão derrotados no final.Fonte:Veja(Augusto Nunes)