A polícia invadiu a cafeteria em Sydney onde pessoas eram mantidas reféns por um homem armado desde a manhã de segunda-feira (no horário local), pondo fim a um sequestro que já durava 17 horas. Segundo a polícia de New South Wales, três pessoas morreram: o sequestrador e dois reféns (um homem de 34 anos e uma mulher de 38 anos). Outras três saíram feridas (duas reféns e um policial). Não foi informado se o sequestrador executou as vítimas.
Familiares disseram que uma brasileira estava entre os reféns. Marcia Mikhael, natural de Goiás, teria sido libertada com vida na operação policial, de acordo com informações publicadas por parentes em redes sociais. O Itamaraty não confirmou os relatos sobre a brasileira.
17 horas de tensão – O cerco foi encerrado após quase dezessete horas de tensão. O sequestrador, identificado como Man Haron Monis, um cidadão iraniano que morava na Austrália, invadiu o local por volta das 9h45 (20h45 da noite de domingo, no horário de Brasília). O café fica em Martin Place, no coração financeiro e comercial da cidade, onde estão instalados o banco central do país, as sedes de grandes bancos privados e o gabinete do primeiro-ministro Tony Abbott.
Segundo a imprensa australiana, depois de nove horas de silêncio dentro do estabelecimento comercial, pouco depois das 2 horas da manhã, o estrondo de uma porta alertou as equipes de que os reféns estavam se preparando para sair. Um homem deixou o local com as mãos para o alto. Em seguida, mais cinco pessoas correram para fora. Um segundo estrondo foi ouvido, e a sétima pessoa correu em direção aos policiais.
Ouviu-se então o estampido de uma arma de fogo, e as equipes de resgate invadiram o café. Vários tiros foram ouvidos em seguida, além de bombas de efeito moral. Em meio à confusão, vários reféns foram retirados da cafeteria. Ao menos sete pessoas foram levadas em macas. Três feridos estariam em estado grave, segundo a CNN.
Sequestrador – O responsável pela invasão nasceu no Irã com o nome de Manteghi Bourjerdi, mudou-se para a Austrália em 1996 e adotou o nome de Man Haron Monis, segundo a rede britânica BBC. Monis se apresenta como clérigo muçulmano, mas ainda não está claro se ele é realmente uma autoridade religiosa. Ele estava em liberdade sob fiança, acusado de ser cúmplice do assassinato de sua ex-mulher.Fonte:Veja