O governo da Indonésia rejeitou o apelo feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), na manhã desta sexta-feira (16), para que os brasileiros Marcos Archer Cardoso Moreira e Rodrigo Gularte, fossem executados. A presidente falou, por telefone, com o presidente da Indonésia, Joko Widodo.
A conversa entre Dilma e Widodo foi a mais recente tentativa do governo brasileiro de evitar a a condenação de Archer, prevista para este sábado (17), por fuzilamento.
Em nota, a presidente Dilma Rousseff disse "lamentar profundamente a decisão do presidente Widodo de levar adiante a execução do brasileiro Marcos Archer".
Na última quinta-feira (15), o Itamaraty divulgou uma nota oficial informando que o governo estava "acompanhando estreitamente" o caso do brasileiro.
Ainda segundo a nota, "o governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso, e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas", dizia a nota.
Em 2005, os advogados de Archer fizeram um pedido de clemência ao governo indonésio, mas o pedido foi negado. Em 2012, o a presidente Dilma Rousseff (PT) entregou uma carta ao governo do país pedindo que Archer não fosse morto.
A execução foi marcada para o próximo domingo (18).
Atualmente, há 64 presos por crimes relacionados a drogas ilícitas condenados à morte no país asiático.
O assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia disse, em entrevista coletiva nesta tarde, que a decisão da Indonésia joga uma "sombra nas relações" entre os dois países.