Segundo um experimento realizado por especialistas das universidades de Cambridge e Oxford, na Grã-Bretanha, a falta de sucesso da maioria das dietas está relacionada com as características particulares a cada indivíduo: sua herança genética, seus hormônios e a psicologia de cada um. E não tem nada a ver com a força de vontade dos envolvidos. O estudo sugere que em vez de optar por uma dieta padrão, cada pessoa deve seguir uma dieta feita sob medida para suas necessidades considerando aspectos físicos e psicológicos de cada indivíduo. A teoria foi posta à prova em um experimento envolvendo 75 pessoas de várias cidades britânicas que foram monitoradas em suas casas durante três meses. Os participantes foram divididos em três categorias: Durante os experimentos os participantes foram divididos em três grupos: os que acham difícil parar de comer, os que têm vontade de comer o tempo todo e aqueles que comem por razões emocionais - quando estão estressados ou ansiosos por exemplo. Segundo os pesquisadores, baixos níveis de alguns hormônios podem explicar o comportamento de pessoas que, quando começam a comer, não conseguem parar. Quando uma pessoa come, assim que o alimento chega ao intestino, esses hormônios são liberados e viajam pelo sangue até o cérebro, sinalizando para o organismo que a pessoa já ingeriu o suficiente e, portanto, pode parar de comer. Algumas pessoas têm níveis incrivelmente baixos de certos hormônios do intestino e não recebem esses sinais.
O desejo de algumas de pessoas de comer o tempo todo teria raízes genéticas. Pois determinados genes interferem na forma como o corpo sinaliza para o cérebro que a pessoa já pode parar de comer, induzindo o cérebro a "pensar" que os estoques de gordura do organismo precisam ser repostos continuamente. De acordo com Giles Yeo, da Cambridge University um dos autores do estudo o papel dos genes na perda de peso é inquestionável e graças a mudanças na tecnologia estão começando a descobrir que genes são esses que levam os indivíduos a buscar alimentos gordurosos e cheios de açúcar. Existem também aqueles que comem por razões emocionais. Em situações de estresse e ansiedade a pessoa procura algum tipo de recompensa, ou conforto, no alimento. De acordo com Susan Jebb, da Oxford University força de vontade não é fator predominante responsável pela perda de peso. "As pessoas pensam que fazer dieta é uma questão de força de vontade. Não é por aí. Dietas são uma questão de hábito. Nunca soube de um estudo que concluiu que as pessoas podem perder peso por meio de força de vontade. O que elas podem fazer é mudar seus hábitos" diz Susan Jebb.