A alta das taxas de juros do financiamento imobiliário da Caixa, que valerá a partir de segunda-feira, fará com que o sonho da casa própria fique mais distante para alguns brasileiros. A medida, anunciada na semana passada, está alinhada ao 'saco de maldades' que já está sendo colocado em prática pelo governo desde a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Para reequilibrar as contas públicas, a nova equipe econômica precisa reduzir gastos e ampliar receitas. Como parte dos esforços fiscais deste ano, outros aumentos de tarifas e impostos pesarão no bolso dos brasileiros.
A conta de luz também subirá, em meio às dificuldades do setor elétrico após a MP 579 e também à crise hídrica. Cálculos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam um acréscimo de 40% em 2015. Outras fontes que têm falado em condição de anonimato já aventam a possibilidade de reajustes de 60%. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, no entanto, não chancela esse porcentual. Segundo ele, algumas estimativas de consultorias não levam em conta efeitos positivos da melhor situação financeira das distribuidoras. Estas empresas devem contar com um socorro de 2,5 bilhões de reais de bancos públicos, já que o governo vetou repasses adicionais do Tesouro Nacional, que somaram 17,8 bilhões de reais em 2014.
Outros exemplos são o reajuste nas tarifas aeroportuárias, anunciados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e o iminente aumento da Cide, imposto que incide sobre combustíveis, que voltará para a alíquota que vigorou até ser zerada em julho de 2012. Além disso, uma fonte qualificada do Palácio do Planalto afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que Dilma já autorizou a criar PIS/Cofins sobre a distribuição de cosméticos e a elevar a alíquota desses tributos sobre bens importados.