O depoimento acusatório sustentado por envolvidos na Operação Lava Jato diante do juiz Sérgio Moro e do MPF, no Paraná, revelou, na terça-feira (3), a forma dissimulada utilizada pelos partidos políticos envolvidos na grande trapaça. Notadamente o PT, PMDB e PP. O esquema de corrupção balança e ainda balançará por muito tempo a Petrobras. Trata-se da lavagem de dinheiro extorquido das empreiteiras, que cediam sob pena de não participarem dos contratos superfaturados. De certo modo por serem corruptas mesmo. Simples.
Os diretores da estatal, intermediários do processo de corrupção, exigiam uma participação no bolo acertado nos contratos para alimentar as legendas políticas governistas. O dinheiro, segundo consta destinado às campanhas oficiais, deixava a fonte sujo, enlameado, e os partidos beneficiados se encarregavam de lavá-lo. Registravam como “dotação oficial para as campanhas” e tudo se resolvia.
Esta foi a saída que os partidos ofereceram à Justiça Eleitoral. É a alternativa de que dispõe: doação de empreiteiras, quando elas eram também extorquidas. De tal modo que a acusação sustentou que a forma de minar os cofres da Petrobras em bilhões permitia que todos se beneficiassem. Assim, bilhões de dólares evaporavam-se da estatal. O Brasil foi, ainda é, e por muito tempo será golpeado pelo crime. A fórmula aperfeiçoada no decorrer do tempo teria sido implantada desde o início do governo Lula. Segundo outros, desde o governo José Sarney. Uma prática que pouco a pouco ganhou corpo e foi chegou ao extremo. Até explodir e balançar a maior empresa estatal brasileira.
Os brasileiros de nada sabiam do que acontecia nos gabinetes onde diretores da petroleira e empreiteiras negociavam a corrupção. Se os brasileiros não sabiam, não dá para aceitar que o governo não tivesse conhecimento, assim como toda a diretoria da estatal, de cabo a rabo, que renunciou ontem, Graça Foster à frente. Mas, por estas bandas, tudo é possível. Os funcionários que tinham conhecimento da roubalheira não eram ouvidos por diretores. O silêncio então se fez enquanto o jogo era jogado. Transformou-se numa regra, segundo um depoente também envolvido por integrar uma empreiteira que se encontra preso. Disse ao juiz Moro, ao Ministério Público Federal e quem mais estava na sala onde os depoimentos foram e continuam sendo ouvidos, que chegou a tal ponto que não era necessário perguntar mais nada sobre a propina a ser entregue aos diretores. A regra era conhecida. Ou pagava ou estava fora dos contratos. Não havia saída. Ademais, formou-se um estranho “clube” das empreiteiras onde se acertava qual a empresa que ganharia o contrato. Fazia-se, então, depois, a divisão do bolo. Todos pagavam propina aos diretores.
É nesse ponto que está o nó da questão. Se assim era, como o governo e o Palácio do Planalto não sabiam o que se registrava na Petrobras? Se uma parte da roubalheira ia para o partido no poder, que lavava o dinheiro e o “oficializava”, era do conhecimento dos partidos, supõe-se que também o era do governo. A resposta da incúria do sistema político brasileiro, do “faz de conta que não sei”, está aí nas contorções da petroleira, que experimenta uma péssima imagem no exterior. Além de derrubar as aplicações dos seus acionistas perdeu em parte o conceito das agências internacionais que avaliam as grandes empresas, elevando ou diminuindo o seu grau de credibilidade.
Nunca se viu escândalo igual neste continente abaixo da linha do equador, nem dissimulações que estavam longe de ser do conhecimento do povo. O Brasil voltou a dar para trás. É um país curupira.Fonte:Bahia Noticias
Os diretores da estatal, intermediários do processo de corrupção, exigiam uma participação no bolo acertado nos contratos para alimentar as legendas políticas governistas. O dinheiro, segundo consta destinado às campanhas oficiais, deixava a fonte sujo, enlameado, e os partidos beneficiados se encarregavam de lavá-lo. Registravam como “dotação oficial para as campanhas” e tudo se resolvia.
Esta foi a saída que os partidos ofereceram à Justiça Eleitoral. É a alternativa de que dispõe: doação de empreiteiras, quando elas eram também extorquidas. De tal modo que a acusação sustentou que a forma de minar os cofres da Petrobras em bilhões permitia que todos se beneficiassem. Assim, bilhões de dólares evaporavam-se da estatal. O Brasil foi, ainda é, e por muito tempo será golpeado pelo crime. A fórmula aperfeiçoada no decorrer do tempo teria sido implantada desde o início do governo Lula. Segundo outros, desde o governo José Sarney. Uma prática que pouco a pouco ganhou corpo e foi chegou ao extremo. Até explodir e balançar a maior empresa estatal brasileira.
Os brasileiros de nada sabiam do que acontecia nos gabinetes onde diretores da petroleira e empreiteiras negociavam a corrupção. Se os brasileiros não sabiam, não dá para aceitar que o governo não tivesse conhecimento, assim como toda a diretoria da estatal, de cabo a rabo, que renunciou ontem, Graça Foster à frente. Mas, por estas bandas, tudo é possível. Os funcionários que tinham conhecimento da roubalheira não eram ouvidos por diretores. O silêncio então se fez enquanto o jogo era jogado. Transformou-se numa regra, segundo um depoente também envolvido por integrar uma empreiteira que se encontra preso. Disse ao juiz Moro, ao Ministério Público Federal e quem mais estava na sala onde os depoimentos foram e continuam sendo ouvidos, que chegou a tal ponto que não era necessário perguntar mais nada sobre a propina a ser entregue aos diretores. A regra era conhecida. Ou pagava ou estava fora dos contratos. Não havia saída. Ademais, formou-se um estranho “clube” das empreiteiras onde se acertava qual a empresa que ganharia o contrato. Fazia-se, então, depois, a divisão do bolo. Todos pagavam propina aos diretores.
É nesse ponto que está o nó da questão. Se assim era, como o governo e o Palácio do Planalto não sabiam o que se registrava na Petrobras? Se uma parte da roubalheira ia para o partido no poder, que lavava o dinheiro e o “oficializava”, era do conhecimento dos partidos, supõe-se que também o era do governo. A resposta da incúria do sistema político brasileiro, do “faz de conta que não sei”, está aí nas contorções da petroleira, que experimenta uma péssima imagem no exterior. Além de derrubar as aplicações dos seus acionistas perdeu em parte o conceito das agências internacionais que avaliam as grandes empresas, elevando ou diminuindo o seu grau de credibilidade.
Nunca se viu escândalo igual neste continente abaixo da linha do equador, nem dissimulações que estavam longe de ser do conhecimento do povo. O Brasil voltou a dar para trás. É um país curupira.Fonte:Bahia Noticias